
Lá fui até Lisboa fazer um exame e já estou de volta e de malas feitas para ir para a Éire. Estes dois dias foram muito interessantes, nomeadamente falar da Madeira com um taxista amigo que me transportou desde o aeroporto até “casa”.
O motorista veio até à Madeira com a sua família fazer férias, algo que é perfeitamente normal num tradicional turista português.
Ele disse maravilhas da Madeira e só agora entende como é que o Dr. Alberto João Jardim consegue vencer tantas eleições, pois apresenta obra ao contrário dos governantes do Continente.
Como não poderia deixar de ser “não há férias sem se não” (a frase não é esta é outra, mas achei que esta ficava interessante). O "se não" das suas férias foi um taxista, curioso… Um taxista de férias tem um “se não” com um taxista.
O meu amigo só nesse momento percebeu como é possível haver tantos Mercedes Classe C nas praças, pois o taxista madeirense pediu 30 € desde a paragem dos carros de cesto (no Livramento) até ao centro do Funchal. Isto faz sentido?!
O mais engraçado é que não uma situação isolada não é um ou dois taxistas são muitos taxistas que seguem este procedimento. Então o turismo de qualidade é sinónimo de:
- taxistas que não usam o taxímetro?
- taxistas que não falam outras línguas?
- taxistas que exploram os turistas?
- taxistas que não têm formação cívica?
Pergunto-me qual é a representação que os turistas ficam destes que mostram a Madeira?
Que são capazes de levar por uma corrida desde a pontinha ao centro do Funchal perto de 50 €. Onde anda uma fiscalização que se disfarce de turistas para ver isto? O mais estranho disto é que os turistas que fazem queixa, os taxistas ameaçam e/ou metem fora do táxi com o motivo: “aqui é assim que se faz…”
Onde estão as entidades responsáveis para informar os turistas que caso algum taxista tenha esse procedimento o turista não use o táxi?
A nossa região que tem como alicerce o turismo e tudo gira à volta do turismo, e com a mensagem que esses mercenários transmitem à nossa fonte vital, qual é a publicidade que os turistas passam para os seus amigos possíveis excursionistas?
A oposição anda a dormir, como sempre teve ou melhor como o Ricardo Araújo Pereira escreve na Revista Visão: “a líder da oposição no Paquistão foi morta, a oposição em Portugal parece assim há muito…” não era bem estas palavras todavia era parecido. Aqui na Madeira a oposição parece que nunca nasceu… Agora parece que anda a dar umas luzes.
Apesar de saber que o meu blogue não é assim visto por alguém que possa fazer algo contra esses senhores que exploram e envergonham a Madeira, gostaria que alguém fizesse algo contra esses homens que roubam. Com mais fiscalização, essa fiscalização poderia ser fiscais disfarçados de turistas em locais turísticos, e não haveria segunda oportunidade para esses homens continuarem a ser taxistas, era tirar a licença e ponto final.
Sei de taxistas na Madeira que foram acusados por turistas e nada lhes aconteceu. Isto é uma vergonha.
Eu próprio como madeirense já vivi algo semelhante com um taxista pedir 10 € desde o Monte até à Clínica de Santa Luzia, mas isto faz sentido? E depois pode ser recusar a corrida porque não está na praça de táxis e caso no fim se peça recibo e locais de partida e etc fazem ameaças. Onde é que isto faz sentido.
Se é para negociar preços que vão para vendedores de rua, porque uma profissão tão importante para a Madeira como o de chover tem que ser exercida sem corrupção e sem essa vergonha que é exercida.
É verdade questiono-me será que o no dossiê de corrupção do Partido Socialista iam estes casos?
Já agora o mais estranho é que nestes pretéritos dias muita tinta correu porque uns turistas foram assaltados no Pico da Torre, eu digo antes assaltados pelos verdadeiros ladrões (porque aí recuperaram o dinheiro) do que por esses senhores que transportam indignamente. Se os amigos do alheio tivessem gamado o taxista, esses ladrões teriam 100 anos de perdão!
Ganhem vergonha…
Acho que a Secretária Regional do Turismo precisa de tomar muita atenção a este fenómeno e pratica normal dos nossos fabulosos taxistas. Outra nota: para quando é que os taxistas do “campe” irão ter taxímetros?
MADEIRA MINHA VIDA…
Já agora o meu amigo taxista adorou a Madeira, apesar deste episódio.