Ao meu filho tento sempre ler histórias que tenham alguma moral ou sentido ético, enfim, de que se extraia uma lição que lhe sirva para a vida além do entretenimento da leitura infantil, que traz o sonho e alimenta a imaginação.
Recentemente, temo-nos deparado com tanta indignidade de uma infinidade de coisas. Mas será que é assim mesmo?
Li uma história de um padeiro que certo dia comprava um quilograma de queijo, contudo, constatou que andava a ser enganado, pois o vendedor de queijo só colocava 800 gramas. Indignado, foi fazer queixa, lá na ASAE ou na ARAE da zona, pois andava a ser espoliado.
Nessa altura, o inspetor responsável tomou as diligências e pediu para aferir a situação, ao que o vendedor de queijo, que só possuía daquelas balanças antigas, uma daquelas em que é necessário o contra peso, mas, como não tinha os pesos, usava dois pães que comprava ao padeiro, cada um de meio quilo para perfazer um quilograma.
Assim, o inspetor foi então verificar a padaria e detetou que o quilograma de queijo equivalia a um quilograma do pão que comprará ao acusador. Conclusão, o acusador era, na mesma, o próprio prevaricador.
Ora, recentemente soube-se que vários juízes do Tribunal da Relação estão envolvidos em imbróglios jurídicos em que eles mesmos deviam ser os guardiões protetores da lei e da ordem… Ora… Que padeiros me saíram…
Também, temos visto políticos que ameaçam e quase encostam às cordas tudo e todos… Quando, no fim, não passam de padeiros, que se achavam enganados pelos vendedores de queijo, mas que eram iguais a esses outros. Toda a história repete-se, com outro tipo de protagonistas. No fim há só uma lição a tirar. A lição da moral da história é algo deste género: muitas vezes acusamos os outros das nossas condutas, logo não vale a pena julgar para não sermos julgados!
Observe-se: tenho a certeza de que o inspetor da ASAE não era nenhum daqueles envolvidos no alegado caso de bilhetes para os jogos de um qualquer clube de futebol. Quer dizer… neste caso, ele deixou que os pesos fossem pães, não me parece uma boa prática.
Post Scriptum: Todos nós conhecemos a história do Pedro e do lobo. Pedro alarmava os aldeões com a chegada do lobo, uma peta que repetia todas as vezes, e, quando aconteceu mesmo o lobo vir, ninguém quis saber. Tem sido assim no Mundo, a gripe das aves, com o Ébola (apesar de ser real), agora é com o Coronavírus. Não sei se o lobo vem aí, mas gostaria de pedir a todos que sigam as medidas de contenção. Aproveite, após ler estas páginas, para lavar as mãos e desinfetar.
Artigo publicado JM- Madeira - Siga Freitas
Sem comentários:
Enviar um comentário
O blogue Madeira Minha Vida não é responsável pelos comentários reproduzidos no blogue.
Cada comentário é da responsabilidade de quem o redige.
Comente com ponderação!