quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

RUI PINTO, HERÓI OU VILÃO?

Na passada segunda-feira, Portugal acordou em sobressalto, quando o advogado William Bourdon assumiu Rui Pinto como a fonte dos Luanda Leaks. A semana passada foi um rodopiar de vitórias de uma certa comunicação que disse que tinha feito uma grande investigação, quando agora se soube que é só de um homem o turbilhão das notícias.

A questão no Luanda Leaks é que coloca em causa, não só um sistema, Angola, que nesse penso que na Europa nunca ninguém acreditou, mas agora envolve Portugal. Se até a semana passada o Ministério Público devia investigar sem dó, nem piedade e colaborar com Angola… Agora que se soube que foi o Rui Pinto já se viu nas televisões comentadores, muitos deles interessados noutros casos que o Rui Pinto descobriu, em querer dizer que nada daquilo é válido. Se na semana passada eram válidos, desde segunda-feira que não devem ser validados ou são ilegais ou são não sei o quê.

Nestes dias vemos a cara de medo destes opinion makers, porque sabem que estão, como se diz em bom português “com o rabo, isto é, com a coerência presa”.

Como pode um rapaz estar há 1 ano preso, quando a pena máxima a que pode ser condenado são 5 anos? E isso dará, no máximo, uma pena suspensa. As autoridades portuguesas estão a gozar connosco. Ele demonstrou crimes de enorme gravidade, desde o futebol, que em envolve a política, sociedades de advogados, uma alegada violação do sistema judicial, agora demonstrou os documentos do Luanda Leaks. Eu acredito que ele tem muito mais coisas para revelar e com tempo irá revelar. Até lá, ele que, segundo uns, devia ser condecorado e colaborador da Polícia Judiciária, é mantido em cativeiro, quando os tribunais europeus, a última instância que ele irá recorrer, irá dar-lhe a liberdade e condenar o Estado Português.

Esta situação devia indignar todos os portugueses, no entanto a maioria prefere discutir a bola, do que ver quanto é que podiam estar a ganhar, ganhar de verdade, isto é, pagar menos impostos, ter melhores condições de vida. Devemos prender os criminosos e não aqueles que denunciem! Foram à Hungria prender alguém que denunciou vários crimes, mas não são capazes de prender banqueiros que arruinaram a vida de muitos portugueses, que brincaram com as poupanças dos nossos!!! O reconhecimento da ilicitude dos atos de Rui Pinto, não pode apagar o que foi exposto com esses atos.

Para finalizar deixo a questão: se o Rui Pinto tivesse uma mensagem de um terrorista a dizer que amanhã ia fazer atentado num avião onde eu ou você íamos, ele apresentava aos jornalistas ou alguém que o pudesse transmitir. Será que as autoridades iam considerar prioritário a prisão de Rui Pinto ou desmantelar o atentado e apanhar o terrorista?

Nota final: Goste-se ou não do novo líder do CDS, Francisco Santos Rodrigues, o que quero destacar é que os militantes do CDS/PP apostaram num jovem de uma nova geração, posso dizer que é da minha geração, isto é, a geração dos 30. A geração anterior à minha ainda aguarda uma oportunidade na política, só agora começa a ter oportunidade, que a geração do pós-25 de abril começa a dar espaço. Se pensarmos que, no pós-25 de Abril, houve uma abertura para os jovens (30 e poucos anos) entrarem na política e terem cargos relevantes, atualmente o sistema não revela essa abertura, e renovação é “trop” lenta.

Ah… É verdade… É necessário haver jovens de 2020 e não jovens de 1950, como, às vezes, nos apercebemos em alguns diálogos desses mesmos jovens.

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