A semana passada, Joana Amaral Dias divulgou o relatório da Auditoria à Caixa Geral Depósitos (CGD), algo que os deputados impediram em votação de ser divulgado. Ainda bem que foi divulgado.
Ficamos a saber negócios ruinosos, negócios que colocam a CGD como um dos bancos que mais ajuda precisa. Há diversas questões que temos fazer, aquelas que habitualmente fazem a quem quer contrair um empréstimo para ter um local onde viver:
- Tem maneira de dar 10% de entrada?
- O que pode dar como garantia?
- E fiadores? Que tal os seus pais?
Já que quem aprovou, não necessitou de fazer essas questões, vamos passar à frente. E vamos ao segundo lote de questões:
- Qual a razão de ninguém ter sido executado?
- Qual a razão de muito dessa gente ainda viver à grande e à francesa?
- Qual a razão dos administradores terem recebido prémios, quando o banco estava a dar prejuízo?
Finalmente vamos ao terceiro e último lote de questões:
- Ninguém vai preso?
De facto, o que a Joana Amaral Dias fez, foi serviço público, é de interesse público e tem a máxima relevância nacional, pois muitos daqueles casos estão a prescrever.
Contudo, casos de 10, 20 ou 30 mil euros em créditos habitação, a CGD não deixa prescrever. Qual a razão? Há uns clientes que são filhos e outros enteados?
Ainda há umas semanas, ouvia no Levanta-te e Ri, um humorista a ter uma consideração que me levou a pensar:
“De vez em quando era bom a Justiça e Nossa Senhora de Fátima aparecerem, só para continuarmos a acreditar que existem.”
Post Scriptum 1: Em novembro o INE divulgou que os ordenados dos políticos e dos gestores executivos aumentaram em 7,1%. Também soube-se que os presidentes executivos das empresas do PSI-20 aumentaram na ordem dos 40%, já os salários dos funcionários dessas empresas mantiveram-se iguais. Está na altura de regular os ordenados máximos, nomeadamente ordenados e regalias que não poderão exceder 10 ou 20 vezes o valor do ordenado e regalias que o trabalhador mais mal pago dessa respetiva empresa.
Post Scriptum 2: Ontem, ficou-se a saber que Portugal em 2018 desceu uma posição no Índice de Perceções de Corrupção, obtendo 64 pontos e ocupa 30.ª abaixo da média europeia. Dá que pensar…
Publicado no JM-Madeira - Siga Freitas
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