sábado, 2 de fevereiro de 2019

APARIÇÕES DE FÁTIMA E DA JUSTIÇA


A semana passada, Joana Amaral Dias divulgou o relatório da Auditoria à Caixa Geral Depósitos (CGD), algo que os deputados impediram em votação de ser divulgado. Ainda bem que foi divulgado.

Ficamos a saber negócios ruinosos, negócios que colocam a CGD como um dos bancos que mais ajuda precisa. Há diversas questões que temos fazer, aquelas que habitualmente fazem a quem quer contrair um empréstimo para ter um local onde viver:

- Tem maneira de dar 10% de entrada?

- O que pode dar como garantia?

- E fiadores? Que tal os seus pais?

Já que quem aprovou, não necessitou de fazer essas questões, vamos passar à frente. E vamos ao segundo lote de questões:

- Qual a razão de ninguém ter sido executado?

- Qual a razão de muito dessa gente ainda viver à grande e à francesa?

- Qual a razão dos administradores terem recebido prémios, quando o banco estava a dar prejuízo?

Finalmente vamos ao terceiro e último lote de questões:

- Ninguém vai preso?

De facto, o que a Joana Amaral Dias fez, foi serviço público, é de interesse público e tem a máxima relevância nacional, pois muitos daqueles casos estão a prescrever.

Contudo, casos de 10, 20 ou 30 mil euros em créditos habitação, a CGD não deixa prescrever. Qual a razão? Há uns clientes que são filhos e outros enteados?

Ainda há umas semanas, ouvia no Levanta-te e Ri, um humorista a ter uma consideração que me levou a pensar:

“De vez em quando era bom a Justiça e Nossa Senhora de Fátima aparecerem, só para continuarmos a acreditar que existem.”

Post Scriptum 1: Em novembro o INE divulgou que os ordenados dos políticos e dos gestores executivos aumentaram em 7,1%. Também soube-se que os presidentes executivos das empresas do PSI-20 aumentaram na ordem dos 40%, já os salários dos funcionários dessas empresas mantiveram-se iguais. Está na altura de regular os ordenados máximos, nomeadamente ordenados e regalias que não poderão exceder 10 ou 20 vezes o valor do ordenado e regalias que o trabalhador mais mal pago dessa respetiva empresa.

Post Scriptum 2: Ontem, ficou-se a saber que Portugal em 2018 desceu uma posição no Índice de Perceções de Corrupção, obtendo 64 pontos e ocupa 30.ª abaixo da média europeia. Dá que pensar…

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