domingo, 11 de novembro de 2018

TANCOS: ASSALTO FALHADO, RECUPERAÇÃO ENCENADA?

Todos nós, já percebemos que o assalto a instalações s militares foi um ato falhado de diversas pessoas. Só falta é esclarecer tudo, como exige o nosso PR.

O óbvio para qualquer estadista é que foi colocada em causa a segurança do nosso país, pois o roubo de armas numa instalação onde elas deviam estar sob vigilância é grave em qualquer país do mundo com um Estado digno desse nome. Já toda a gente responsável e ou com o sentido do caricato percebeu os contornos rocambolesco de toda esta história é ridícula digna de uma revista à antiga portuguesa. Raul Solnado, com todo o respeito pela sua memória, não conseguiu melhor na sua rábula da Guerra de 14.

Ninguém sabe o número de armas roubado, aliás, ninguém está em condições de saber se houve mesmo roubo, por isso também não sabe se houve mesmo reposição, e ninguém sabe se as repostas menos, mais ou iguais às desviadas porque ninguém está em condições de afiançar que houve desvio. Na mesma linha, ninguém consegue perceber se o material suposta ou eventualmente desviado era moderno, obsoleto ou assim, sabe-se lá, há de se ver, ou não! Mas a verdade é que um dos alegados ladrões ligou para as autoridades a indicar, de uma cabine telefónica, com o seu telemóvel à espera de ser detetado, como quem diz, isto é uma pantomina. Finalmente, as armas estavam na casa da avó deste ladrão, uma portuguesa à antiga, de cabelo na venta que, certamente, impunha mais respeito aos eventuais traficantes do que a própria instalação militar e a sua guarda. Haverá melhor argumento para esta comédia?

Agora vamos aos políticos: o Ministro da Defesa, entretanto demitido, afirmou que nada sabia, todavia já se sabe que estava a mentir. Parece algo natural nos políticos, a mentira e a verdade não são faces da mesma moeda, são é a mesma face a da moeda e depende da luz que reflete.

Começou-se a dizer algo mais grave - o própria Primeiro-Ministro também sabe, este sabe-a toda, e eis que o Chefe do Governo se agarra-se aos “pantalones”, isto é um circo!, do Presidente da República. Ambos dizem a pura das verdades: “não sabiam de nada”.

Entretanto, os políticos já vêm a terreno dizer: “não se pode fazer política com os militares…” Isto só pode querer dizer alguma coisa. As nossas Forças Militares merecem todo o respeito, pois são o primeiro pilar País e também da nossa democracia.

A verdade é que os políticos há muito que não fazem política com os militares, mas sim brincam com eles, recordo-me de um telegrama do embaixador americano Thomas Stephenson de 5 de Março de 2009 em que afirma: “as vontades e ações do Ministério da Defesa parecem ser guiadas pela pressão dos seus pares e pelo desejo de ter brinquedos caros. O ministério compra armamento por uma questão de orgulho, não importa se é útil ou não. Os exemplos mais óbvios são os seus dois submarinos (atualmente em estado de inanição) e 39 caças de combate (apenas 12 em condições de voar)”

Tudo isto parece grave. Mas claro que está tudo bem. Afinal de contas, Portugal está, alegadamente, a sair da crise. E é tão rico que tem petróleo e não quer explorar! O máximo! Os políticos brincam com os militares, com os portugueses… E claro… Se alguém for contra a corrupção, ou logo acusado de ser a Joana Marques Vidal ou o Carlos Alexandre, ou, quiçá, um possível Bolsonaro. Na verdade é um populista e um fascista. Se bem que eu acho que não é fascista defender a segurança do país.

Se por acaso, o Presidente da República e o Primeiro-ministro estiverem a mentir em relação ao caso de Tancos, só tem uma escapatória: demissão e eleições!!! Se isto ainda é uma Democracia!

Sem comentários:

Enviar um comentário

O blogue Madeira Minha Vida não é responsável pelos comentários reproduzidos no blogue.
Cada comentário é da responsabilidade de quem o redige.

Comente com ponderação!