domingo, 11 de novembro de 2018

E se o seu eletrodoméstico votasse?

As redes sociais com a Web 3.0 adquiriram uma dimensão que ninguém podia imaginar, ao ponto de influenciar e até decidir futuro das organizações e dos países, nomeadamente incutir o comportamento das massas.

A verdade é que cada vez mais as eleições no Mundo poderão ser decididas nas redes sociais e não nas ruas. Seja o exemplo dos Estados Unidos da América, seja do Brasil. Na Europa o mesmo fenómeno já começa a chegar, apesar da comunicação social tradicional tentar remar contra essa nova maré.

No Brasil, Jair Messias Bolsonaro, numa campanha quase sem dinheiro, utilizando unicamente 15 segundos da televisão, através das redes sociais (Facebook, Twitter e Whatsapps) conseguiu uma votação de 60 milhões de brasileiros. É incrível, goste-se ou não do seu estilo, a realidade é que ele é o novo Presidente do Brasil. O Presidente do Brasil da era digital. Soube utilizar as redes sociais, as massas, o medo, mas também teve coragem de enfrentar o “politicamente correto” para combater e conseguir vencer. A sua vitória é essencialmente, não só contra as políticas e a corrupção do PT, mas também contra a comunicação social tradicional que sempre tenta impor um candidato a vencer.

Não sei responder se o Brasil ficará melhor ou pior, mas as redes sociais vieram para ficar, impor limites à sua capacidade de comunicação é um fascismo e será um retrocesso na evolução humana. Podem questionar e as “fakes news” lançadas? “Fakes news” existiram de ambos os lados, é preciso é alertar e regular melhor toda a questão das “fakes news”, desde quem fabrica como quem as partilha. Mas primeiro, é necessário alertar e consciencializar as pessoas que existem “fakes news”.

Se, alegadamente, em tempos o Major Valentim Loureiro oferecia eletrodomésticos, hoje a simples oferta de eletrodomésticos pode constituir não só a aquisição de um bem, porque com a “Internet das Coisas”, estes mesmos equipamentos podem informar e dar dados concretos do utilizador a alguém e aí poder transformar esses dados em algo útil para uma campanha, seja essa publicitária, seja para fins mais obscuros.

Por isso, redes sociais sim, mas com muito cuidado!

Publicado na Revista Madeira Digital - Novembro

Sem comentários:

Enviar um comentário

O blogue Madeira Minha Vida não é responsável pelos comentários reproduzidos no blogue.
Cada comentário é da responsabilidade de quem o redige.

Comente com ponderação!