quarta-feira, 8 de novembro de 2017

PECADO? - “ADMITEM SER UMA MULHER BONITA”!


Estes dias, têm sido marcado pelo nascimento de uma menina, cujo nome se desconhece. O nascimento, só por si, é alegria no seio de uma família seja ela qual for. A questão aqui é que houve um homem, que, por acaso é padre, e assumiu a mesma como sua filha. Este teve a coragem, não de assumir um erro, porque uma criança nunca é um erro, a coragem de fazer o que muitos homens neste planeta não têm coragem de fazer.

Já o Direito Canónico, apesar de não ser experto em direito, muito menos canónico, fui ao Dr. Google e encontrei o seguinte: “Cân. 988 Parágrafo 1. O fiel tem a obrigação de confessar, quanto à espécie e ao número, todos os pecados graves de que tiver consciência após diligente exame, cometidos depois do batismo e ainda não diretamente perdoados pelas chaves da Igreja, nem acusados em confissão individual.”

Penso que, neste caso, o batismo da criança irá resolver a questão essencial.

A verdade é que o Sr. Padre do Monte abriu novamente uma discussão, pelo menos, na nossa terra e restante país à beira mar plantado, e que é esta: “Deve um padre constituir família?”

Confesso que não sei responder, mas há muitos que sabem.

Mas todos aqueles que comentam nas redes sociais, concordam e elogiam a postura do Sr. Padre, já outros, mais conservadores, acham que não motivo para isso. Mas vamos a estas passagens da comunicação social regional:

“(…)detractores do sacerdote admitem [a mãe da criança]ser uma mulher bonita (…)” - os difamadores ou detractores ou, como se diz na nossa terra, “os vida alheia”, acham que a mulher devia ser feia, então já viram: “uma jeitosa daquelas meter-se com um padre”. Afinal, o problema dos detractores é a rapariga não ser uma mulher muita feia, porque esta… ora… até eles cometiam o pecado.

Agora outra parte muito gira de todo esse artigo é a seguinte:

“um dos aspectos que tem causado indignação, em especial, junto das mulheres que acompanham a vida paroquial de perto, é o facto da pessoa em causa ser mãe de outros dois filhos, gémeos de cinco anos.” – Esta parte faz parecer que as beatas, pois é o nome que se dá às mulheres que acompanham de perto a vida paroquial mais no rito que na substância, acham: “estava eu aqui, sempre disponível para o serviço e veja-se…” Foi “com uma que já tinha filhos gémeos”! Sinceramente, alguém acha que isto faz sentido?

Caros amgios, acho que este momento é de debate interno na Igreja Católica, mas também de reflexão pessoal do Sr. Padre Giselo.

Já agora, há que pensar na criança, na menina, que não conheço, nem sei o seu nome, mas com toda a certeza que deve ser uma linda menina. Essa merece toda atenção, toda a proteção e esta deve estar protegida de todo este mediatismo, pois ela irá crescer e seja o que for que o futuro lhe reserve, deve estar bem protegida e preparada para todos os “detractores” a quem importa mais a aparência que a essência da vida. Há uma nova vida. E a vida nunca é pecado. Festejemos! Aleluia!

Artigo publicado no JM-Madeira

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