sábado, 14 de janeiro de 2017

Mas se tudo o mundo é composto de mudança… inauguremos o Futuro!


Escrever um artigo deste mês torna-se uma antítese, pois há que fazer o balanço de 2016 e perspetivar 2017. Do balanço de 2016, sem dúvida que é o o evento da Web Summit se evidencia como o evento master, pelo sucesso do mesmo e a projeção a nível de empreendedorismo que trouxe para o nosso país, em especial para Lisboa.
Já quando se procura perspetivar um ano, é sempre muito complexo, basta verificar que, neste momento, vivemos uma nova revolução industrial, acredito que desde a revolução industrial XVIII e XIX, nunca tivemos uma evolução tão rápida e mais, é uma evolução sem uma guerra mundial ou uma guerra fria a pressionar os acontecimentos.

Verifica-se que, neste momento, no mundo, temos uma revolução tecnológica, em que as empresas como a Uber, Facebook, AirBnb, Google e outras tantas mudaram os conceitos, por exemplo a Kodak foi uma das empresas que inventou a máquina digital, mas, no momento, achou que não valeria a pena, por isso deixou o projeto de lado e não percebeu a sua evolução. Hoje a Kodak é uma mera recordação, mas a velocidade da evolução continua a ser exponencial em novas tecnologias. A saúde, o social, a educação, até as aplicações estatais e impostos têm evoluído na forma e feitio, têm de se adaptar, apesar destes dois últimos terem mais inércia.

O ponto principal é que hoje em dia os conceitos de empreendedorismo são muito claros, porque será que aquilo que vou fazer será o que quero no futuro? Quando, por exemplo, se tenta replicar um cérebro humano, quando se tenta criar computadores com capacidade de aprendizagem, estamos na verdade a fazer evoluir o Mundo de uma determinada forma e esta revolução dificilmente pode ser travada.

É claro que é nos tempos de dificuldades que mais se cria e são as dificuldades da nossa economia que fazem com todos procurem alternativas ao tradicional, quando me refiro ao tradicional, não é o tradicional em termos culturais, mas ao modo de fazer as coisas. Por esse motivo, acredito que 2017 terá que haver legislação específica para Uber, porque alguns os taxistas, não todos, pois há-os abertos à evolução, não vão conseguir parar a evolução. Tal como os hotéis não vão conseguir parar a AirBnb, como os dicionários e enciclopédias não vão conseguir parar o Google, e é claro que todas estas comparações não fazem qualquer sentido em si, se não forem enquadradas na ideia de que tudo evolui. É claro que vamos continuar a usar táxis, como hotéis e, claro, dicionários e enciclopédias…

Por esse motivo só posso achar que em 2017, estará de volta aquele cliché, de 365 oportunidades, mas, acima de tudo, haverá 365, não direi para empreender, mas, pelo menos, para viver este tempo novo. Eu sempre tive o sentimento que viveria um tempo especial, com descobertas, com invenções, um tempo que, daqui a algumas gerações, será o móbil de estudo dessas mesmas gerações, que o estudarão como uma espécie de revolução industrial. Mas, se tudo o mundo é composto de mudança…, como dizia o Poeta, troquemos-lhe as voltas, como também dizia, e inauguremos, de novo, o Futuro!

Publicado na revista Madeira Digital

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