segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A palavra do senhor

"É evidente a todos, mesmo aos que não votam na área autonomista, que hoje os rostos da “oposição”, na Madeira, os respectivos “chefes”, são pessoas quase todas de deficiente formação académica, incultas porque meros leitores e repetidores do que diga certa imprensa, e algures marcados socialmente. 

Aliás, é sobretudo a falta de qualidade desta “oposição” que explica a evolução eleitoral dos últimos trinta anos, principalmente agudizada nos tempos mais recentes.

A “oposição” caiu num círculo vicioso.

Não consegue Quadros melhores, porque não convence e se põe a negar ou a obstaculizar objectivos e iniciativas que a população, soberanamente, entende positivos.
E não tem capacidade para convencer, nem diz algo de relevante, porque não tem Quadros.

É um círculo vicioso. Que os estados-maiores dos respectivos partidos, em Lisboa, nunca contrariaram, porque sabem que os “chefes” locais estão alapados aos “tachos” partidários regionais, pois não têm outra alternativa de existência social e mediática. Tão alapados, que se as próprias sedes lisboetas tentassem mexer, arriscar-se-iam a dar com “portas fechadas” e a ter de recomeçar do ponto zero. (ao cuidado do Rodrigues, da Vieira, dos Martins, do Edgar e alguns socialistas (tendo em conta que alguns estão alapados a sindicatos)).

Por outro lado, Lisboa sabe que os Autonomistas lá vão governando e desenvolvendo o território insular, sempre num quadro de unidade nacional, evitando trabalhos e despesas vindos de lá. Pelo que os directórios nacionais partidários contentam-se com a obediência canina que sabem as respectivas secções locais lhes devotar, nomeadamente para o que mais interessa a Lisboa:

- travar os avanços legítimos da Autonomia Política e os Direitos do Povo Madeirense;

- mentir e denegrir, em Lisboa, a descentralização política madeirense, para ajudar a desmotivar qualquer descentralização no Continente à custa dos poderes lisboetas.

Mas, insisto, a falta de categoria da “oposição” que temos, não reside apenas nos evidentes factores humanos.

Veja-se o discurso.

Andam por aí a saltitar, com a venerante comunicação “social” atrás deles, a enumerar que é preciso isto, mais aquilo e ainda outra coisa. Aqui, normalmente não por ideias próprias, mas iniciativas que constam do Programa dos Autonomistas sociais-democratas, julgando que quando tal for concretizado, a população vai pensar que foi por “reivindicação” de semelhante “oposição”.

Depois, como o Emprego, bem como as casas, o saneamento básico, a energia, as estradas, os centros de saúde, as escolas, etc., etc., dependem do investimento e o investimento não se faz com folhas de bananeira, nem com hortaliça, mas com cimento, ferro e betão, a dita “oposição”, a mesma que copia as ideias sobre estas iniciativas, já estrebucha contra o “cimento”, o “betão”, e por aí abaixo!…

Claro que as pessoas riem-se de semelhante desfaçatez!…

Segue-se a “conversa” sobre a pobreza. Evidentemente que há necessidades sociais a acorrer. Mas se não houvesse o investimento, usando o tal “cimento”, “betão”, “ferro”, etc., ninguém de bom senso negará que tais necessidades sociais seriam ainda muito, mas mesmo muito, mais graves. (como diriam os socialistas: que se viva de montanhas, em veredas, não é preciso construir mais nada…)

Isto é, a “oposição” que anda para aí, diz querer as coisas, mas depois não quer que se as concretize. Diz se “preocupar” com a pobreza, mas defende soluções que muito a fariam crescer!

E mente descaradamente.

Não só com ataques pessoais reles, mas queixando-se de “falta de tempo” no Parlamento regional, quando aí, com menos de um terço de Deputados, somados tinha muito mais tempo do que a maioria superior a dois terços, dos autonomistas sociais-democratas! (ao cuidado do amigo Miguel Fonseca que ultimamente anda preocupado com o tempo de antena que os Madeirenses deram à oposição… Os madeirenses deram aproximadamente 65% do “tempo” da ALRAM para o PSD, estou certo?)

Subscreveu o garrote financeiro socialista ao Povo Madeirense, mas exigia, cá, uma dupla descida de impostos, para não haver receitas para as iniciativas que são necessárias realizar, algumas por eles “reivindicadas” em estilo de cópia das ideias dos outros!

Aliás, duas perguntas se impõem:

- viram semelhante “oposição” concordar com algo positivo que se fez ?…

- já pensaram no que teria sucedido à Madeira e ao Porto Santo, se os Autonomistas sociais-democratas tivessem ido na “conversa” deles ?…

Outra questão se coloca. Então, como é possível que com tanta falta de qualidade, esta “oposição” ainda “exista” em termos de Opinião Pública?… O que seria impensável em qualquer civilização democrática rigorosa.

Deve-o à comunicação “social” regional. Ou por identificação de alguns dos seus, com semelhante tipo de gente. E estão no seu Direito, cada um come do que gosta, desde que respeite os Deveres de Verdade e de Fundamentação que profissionalmente têm para com a Opinião Pública.

Ou, por receio de um “vazio de oposição”. Mas, neste caso, beneficiando e sustentando a comprovada incompetência da dita.

Ou por “pena”. E a caridade cristã fica bem.

A «educação» que ditatorialmente nos impingem

 

Post-Scriptum 1: Os Pais e a maioria dos Professores já atentaram bem no conteúdo de alguns «manuais» de «História» do 9.º e do 12.º anos?

Vejam só estas pérolas e apenas quanto ao século vinte:

 - a economia comunista da União Soviética foi um «êxito»;

- apesar de responsável por milhões de assassínios, Estaline foi «grande»;

- na China, Mao teve que matar uns milhõezitos de pessoas para fomentar uma «revolução justa e eficaz»;

- Fidel Castro não é um ditador;

- o PREC não menciona os abusos e atentados às Liberdades democráticas pelos comunistas;

- os Estados Unidos foram os culpados de todas as desgraças do mundo;

- etc, ao cuidado da curiosidade e responsabilidade de cada um.

 

Percebem, agora, porque «eles» não querem a regionalização do Sistema Educativo?…

A radicalização da política madeirense

 

Post-Scriptum 2: Os publicamente confirmados comunistas e socialistas que empresas de comunicação social, públicas e privadas, contrataram para, por um lado fazer guerra aos autonomistas sociais-democratas e, por outro, conseguir lucros (?) através do sensacionalismo barato, da demagogia, da asneira inculta e do estrondo, tal gente nem sequer se importa com o facto de a destruição económica da Região Autónoma, poder também significar a destruição dos Grupos que os empregam — incluso possuidores de estabelecimentos de turismo e de empresas de actividades afins ou dependentes — mandando-os para o desemprego.
Durante estes decénios, a se ter seguido o que essa gente disse — só por absurdo!… — a Madeira e o Porto Santo estariam na mesma, ou piores do que no 25 de Abril de 1974. Teria sido um maná para as actividades comuno-socialistas, o que também teria sido castigo para os saudosistas da «Madeira Velha», bem como para alguns empresários, proprietários ou profissionais liberais.

Por exemplo, entre tantos outros, a tentativa da instabilidade financeira, a irresponsabilidade da campanha dos mosquitos, até o prestigiado Clube Sport Marítimo lhes serve, é o publicar dos disparates de conhecidos frustrados e rancorosos da nossa praça, enfim um rol de delírios que desenham uma vontade política para que todos os males e dificuldades se abatam sobre o Povo Madeirense.

Há dias, lia-se numa decisão judicial que o clima político da Madeira estava radicalizado, contundente, etc. É verdade.

Mas quem o radicalizou e porquê?

Certamente que não foi a estratégia bipolarizante dos autonomistas sociais-democratas, na lógica da maioria absoluta de que sempre dispuseram, pois bipolarização não implica radicalização. Pelo contrário, o desespero a qualquer preço afunda mais a Oposição. Falta de serenidade e de reflexão desta, que ajuda a explicar a ausência de alternativas credíveis.

Trata-se de uma radicalização que, para além de motivar ainda mais os autonomistas sociais-democratas — erro de palmatória das oposições — parte do princípio tonto de que o «bota-abaixo», o «está tudo mal», o «nada deve ser feito para não beneficiar o PSD», suicida para quem tal pratica, iria convencer minimamente uma população esmagada por Lisboa durante séculos e que, num curto espaço de poucos decénios, viu as suas condições de vida mudar completamente.

Acalmem-se umas horas, e pensem nisto, se ainda houver résteas de inteligência.

Termino, transmitindo uma bilhardice que me contaram, após as eleições de Maio, o ano passado.

Numa reunião «social», em casa particular, um desses «socialistas engravatados», «estrategas» sempre falhados, face aos resultados eleitorais dizia que «isto agora já não vai com processos democráticos. O que é preciso é atirar para a frente uns tipos inqualificados que abandalhem e desacreditem tudo e todos, para depois, por cima desses e do PSD assim desgastado, aparecermos os que ficaram de fora da confusão e recebermos o crédito para metermos isto na ordem». (ao cuidado do Gouveia e do PND)

Cá por mim, inamovível nos meus objectivos, confio no que o Povo julgará democraticamente."

$artigo do Dr. Alberto João Jardim no Jornal da Madeira.

Ah... os parêntesis fui eu que escrevi e pareceu-me que pode ser aplicado aquelas pessoas, não sei se é ou não! 

2 comentários:

  1. Lá foi o tempo em que o ser AJJ andava sempre ao ataque...parece que agora reage mais do que haje!
    É sinal de decadência!

    Os parentesis deviam ser rectos...o curso não tem metodologia do trabalho científico!?

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  2. Ou é AMOR, ou é a busca do Cálice Sagrado...

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