quarta-feira, 6 de março de 2019

Princípio de Peter


Este princípio foi originalmente publicado em 1969 nos Estados Unidos da América por Laurence Johnston Peter e Raymond Hull. Este princípio de uma forma muito simples indica: “Num sistema hierárquico, todo o funcionário é promovido até ao seu nível de incompetência.”

E existem dois corolários:

1. Com o tempo, cada posto tende a ser ocupado por um funcionário que é incompetente para realizar suas funções;
2. O trabalho é realizado pelos funcionários que ainda não atingiram o seu nível de incompetência.
Peter cita vários exemplos: como é o caso de Macbeth (uma figura fictícia de Shakespeare) que foi um excelente chefe militar, mas um rei incompetente; Hitler que foi um político competente, mas conseguiu encontrar o seu nível de incompetência como general; e por aí adiante… Acredito que ao ler este artigo consegue identificar em seu redor diversos exemplos. Exemplos de pessoas que foram promovidas e que atingem o seu nível de incompetência.

Uma das considerações desta teoria é que a “super-competência” é combatida ainda mais do que a competência. Um dos exemplos enunciados, neste caso citado pelo professor Bob Sutton: “Os melhores professores em universidades de prestígio são pressionados por seus pares e líderes para fazerem um trabalho menos bom de ensino porque “estão a fazer todos os outros a ficarem mal”.
Assim, o sucesso torna-se “prejudicial”, porque ameaça a hierarquia; a conclusão disto é que “nada tem tanto sucesso quanto o insucesso.”. Enquanto a incompetência prejudica, apesar do objetivo das corporações é obter a máxima eficiência, a verdade é que não há como evitar e acabarem estagnados nos seus postos. Logo, toda a estrutura da organização é colocada em causa e minando. E logo surge outro obstáculo secundário é que nas burocracias as regras para destituição de alguém que foi promovido são mais difíceis de lidar do que aquelas que levam à promoção.

Já Rodney Crawford aplicou este princípio à administração pública, o que torna a situação bem mais complexa, pois no serviço público poderá continuar a cometer erros até que se reforme, pois a demissão não é uma opção para os funcionários públicos.

Como é óbvio nas pequenas organizações e startups, tal não acontece, já que as mesmas só sobrevivem quando superam vários erros, mudam, transformam-se até focarem-se no que são competentes a realizar, e muitas vezes acabam quando chegam ao ponto de incompetência. Já nas grandes empresas é quase semelhante às organizações públicas.

Já existe sugestões e ideias para evitar que este princípio afete a organização e que deixarei para outro artigo…

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