quarta-feira, 23 de maio de 2018

NA MADEIRA, SÊ MADEIRENSE


Com este título pode escrever-se que o Primeiro-ministro chegou à Madeira com a lição estudada e desde o aperto de mão ao Miguel ao “como estás, Miguel?”. O António quis demonstrar a sua proximidade com os madeirenses.

Após as declarações duras sobre a Madeira no Parlamento, em relação à dívida, veio cá corrigir. Disse maravilhas. Mas melhor que isso, aceitou tudo ou quase tudo o que era reivindicado:

Primeiro: Vai corrigir taxas de juros da Madeira em relação à República, igualando a taxa de juro que Portugal paga aos seus credores estrangeiros;

Segundo: A República assume a sua responsabilidade nos subsistemas de saúde;

Terceiro: Volta a afirmar que irá financiar 50% do Novo Hospital;

Quarto: Vai rever subsídio de mobilidade;

Quinto: Revisão/estudo dos limites de operacionalidade do nosso aeroporto e espera que a ANAC tome decisões rápidas para melhorar a operacionalidade.

Isto foi o que prometeu, mas ainda teve tempo para elogiar o crescimento da economia e o superavit que se conseguiu no ano passado.

Há um provérbio que se diz nestes casos: “quando a esmola é muita, o pobre desconfia…”

A verdade é que o António quis ser madeirense, tal como em Roma, sê romano, basicamente o Costa disse tudo o que queríamos ouvir. Mas será que é isto mesmo que vai acontecer?

Claro que não! Não estejamos iludidos. Este senhor que, de acordo com as notícias recentes, alegadamente ludibriou uma velhota na compra de um apartamento (apesar de ter pago o que ela pediu monetariamente pelo apartamento, apesar dela ter outras propostas mais vantajosas). Após 6 meses vendeu pelo dobro o valor, isto chama-se valorização.. Lá por se ter esquecido ou melhor atrasado de declarar as mais-valias e todas essas formalidades, nada disto parece mal a alguém que nos prometeu tudo.

Aqui na Madeira já tudo foi prometido, agora eu gostava que ele garantisse tudo isto no Parlamento Nacional e quiçá com um orçamento retificativo (para garantir algumas destas promessas). Mas não acredito, mas claro que é tudo uma questão de fé.

Como hoje estou numa de provérbio só posso concluir que a vinda do Primeiro-Ministro deixa-nos a todos contentes: “Os visitantes dão sempre prazer, se não quando chegam, pelo menos quando partem.”

​ ​Post Scriptum: Alguém sabe se na reunião houve algum murro? É que houve quem fosse a Lisboa para garantir tudo e mais alguma coisa, mas precisou de pugilato.

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