quarta-feira, 1 de julho de 2015

Madeira, capital empreendedora


Pode parecer estranho, mas é real: de acordo com a Forbes, a capital de Portugal é uma das cinco cidades da Europa a destacar quando se fala em negócios.

Alison Coleman destaca os seguintes locais: Londres (Inglaterra), Berlim (Alemanha), Eindhoven (Holanda), Budapeste (Hungria), Lituânia, Tallin (Estónia) e, claro está, Lisboa cá no nosso país.

De acordo com a Alison Coleman, pode parecer uma surpresa que um ecossistema de empreendedorismo esteja em ascensão em Portugal, sim, em Portugal, neste país que foi tão afetado pela crise da Zona Euro. Mas, atenção, grande fatia desta responsabilidade vai para a atividade das empresas de capital de risco como a Faber Ventures, a Shilling Capital Partners ou o apoio do Estado através do programa Portugal Ventures.

Aconselho a consultar o artigo da Alison Coleman na Forbes:

Já eu gostaria de destacar a Beta-i, que promove o empreendedorismo em Portugal e até uma startups em destaque pela Forbes foi acelerada pela Beta-i, esta é a Uniplaces. A Beta-i desenvolve o Lisbon Challenge, um programa de orientação e aceleração durante 3 meses às startups, um programa que já é de referência internacional.

Foi este um dos programas que fez Lisboa ser distinguida com a eleição de cidade empreendedora europeia 2015 pela EER – European Entrepreneurial Region. Com esta introdução, quero demonstrar que a Madeira também é um exemplo do que se faz de empreendedorismo no país, destaco dois programas desenvolvidos pelo CEIM, isto é, o RS4e e também o Startweb. Apesar de ter sido lançado recentemente, a Oficina do Empreendedora parece ser uma aposta acertada do mesmo CEIM. Outra instituição que gostaria de destacar é, sem dúvida, o M-ITI que tem possibilitado a atração de jovens e investigadores de todo o Mundo para a Região, mas também a possibilidade dos investigadores regionais colaborarem com os mais prestigiados investigadores. Tudo isto é sinónimo de que temos o potencial para ser uma espécie de Silicon Valley do Atlântico ou até melhor, sermos a Madeira. Não estou a dizer que todos vamos ser empreendedores, mas existe um inerente potencial na Região para ser destaque a nível Mundial neste campo. Vejam-se a Wow!Systems, mas também a ACIN-Gov. Acredito que vale a pena o leitor pesquisar um pouco sobre estas empresas que são de excelência e há muito superaram a insularidade como impedimento para serem grandes.

Neste momento, é importante definir uma estratégia de atração de empreendedores para a região, criar lobbies junto das instituições e na comunicação social internacional de prestígio para destacar o que de bom se faz na Madeira. Uma estratégia de conjunto e menos fechada em si próprio poderá ser a resolução para a Região.

Não se pode continuar a apostar apenas no tradicional - e mesmo quando se pensa nele tem de ser de forma inovadora -, está no momento de pensar em coisas de fora da caixa, sair do quadrado. Não chega dizer-se que há apoios do Estado, quando a burocracia faz qualquer pessoa desistir. Veja-se até os “filhos da terra” como os nossos emigrantes quando pensam investir começam a pedir o papel A, B, C e D e depois ir aqui e ali… Tudo isto se torna uma grande dificuldade para todos, não existe nada a facilitar e depois, se quiserem mesmo investir, têm que recorrer a empresas de advogados ou consultores para investir e serem empreendedores nas suas terras.

Está na altura de começar juntar todos os stalkers e pensar numa estratégia. Deixo uma sugestão para o primeiro passo, isto é, ver quem são os stalkers: desde empresários, empreendedores, investigadores, emigrantes, instituições, empresas e bons exemplos… Basta de políticas apenas para a comunicação social, é exigido uma estratégia para o sucesso!

E que tal começar a pensar criar as condições para que a Madeira venha a ser capital Europeia do Empreendedorismo?

Artigo publicado na Revista Madeira Digital

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