Brevemente, viveremos umas eleições para decidir o futuro da Madeira, isto é, o próximo presidente do PPD/PSD que, atrevo-me a dizer, com a liberdade de pensamento que a democracia me permite, será o próximo presidente do Governo Regional.
Não se confunda, contudo, liberdade de pensamento com a tentativa de alguns em querem passar por entre os pingos da chuva, sem assumirem uma posição frontal. De facto, se há algo que me entristece neste processo é a forma como, sob a capa de uma a pseudo-liberdade, alguns apregoam inverdades como se de factos incontestáveis se tratassem! Algumas situações deixam-me, além de triste, revoltado como é o caso daqueles que dizem num lugar que apoiam A, noutro já dizem que estão com B e ainda noutro com C, com D, com E, e assim por diante, ou seja com todos e com ninguém. Como se tudo não se soubesse nesta terra mãe da bilhardice! Outros, mais astutos, dizem que não apoiam ninguém (até 5 minutos antes do resultado escrutinado!). É claro que a liberdade nos permite isto, mas a falta de coragem de assumir compromissos é algo que se tem tornado comum. A minha revolta advém do facto de estas pessoas, depois do dia das eleições, serem capazes de dizerem: “eu sempre o apoiei”, o vencedor, claro, seja ele qual for! Mas nesta fase, que é aquela em que se exige frontalidade e clareza de posições, preferem estar a bem com Deus e com o Diabo!
É certo que Portugal vive uma crise económica e financeira, e a Madeira, por consequência das más políticas neoliberais impostas pela República e pela Europa, também sofreu, mas temos de ter a coragem de dizer que alguns madeirenses são responsáveis por não assumirem compromissos, para, depois, quando algo corre mal, poderem dizer que nunca lá estiveram e até são capazes de lançar pedras! Todavia, se as coisas derem certas, correm a dizer que estiveram sempre lá! Oh meus senhores… Isto não serve só para os apoiantes que se escondem por trás de certos textos, mas também para alguns candidatos. Isto é grave! Devemos estar sempre ao lado dos nossos, no bem e nos momentos de maior dificuldade! Sinceramente, nunca me agradou aqueles que fazem prognósticos só no fim do jogo!
Desde o primeiro momento que eu assumi, com toda a liberdade, a minha posição nestas eleições internas do PSD. E como cidadão e militante livre que sou, apoio o Dr. Manuel António, não só por ter as melhores soluções para a Madeira, mas também porque é o mais bem preparado e capacitado, como político e como ser humano, como cidadão e homem de família, que me permite assumir, perante todos e cada um, esse apoio com toda a convicção e de forma inabalável. Eu compreendo que nem todos possam dizer isto de todos os candidatos, porque nem todos têm essas qualidades e os motivos de apoio não serão tão dignos e sinceros, contudo tenham coragem e sejam livres! Não esperem, o que não seria próprio de homens livres, pelo tempo em que alguém lhes dê o direito de serem livres, ou seja, a carta de alforria! Como diria William Wallace: “Lutem e podem morrer, fujam e viverão… pelo menos por enquanto. E quando estiverem a morrer em vossas camas, daqui a muitos anos, vocês pedirão todos os dias, de hoje até àquele dia, uma oportunidade, uma só oportunidade, de voltar aqui e dizer aos nossos inimigos que podem tirar as nossas vidas, mas jamais tirarão… A VOSSA LIBERDADE!” E eu digo: a nós, homens livres sociais-democratas, ninguém nos tira A NOSSA LIBERDADE de decidir!
in cartas do leitor no Diário de Notícias da Madeira
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