quarta-feira, 23 de junho de 2010

Ai facebook... Extinção de tudo...


Bem que eu há muito que digo que o Sr. Deputado Carlos Pereira será meu companheiro, e pode-se comprovar pelo seu perfil no Facebook.

"Ideologia política: Social democracia - PS", isto parece-me um Bloco Central, como estamos em Portugal deduzo que a Social Democracia será do PPD/PSD, se tivesses em outro país da Europa se calhar podia ser da família política do PS, mas em Portugal é o PPD/PSD.

Já agora, a minha pergunta ao Sr. Deputado Carlos Pereira: Como católico, concorda com o casamento entre pessoas do mesmo sexo?! Foi uma questão que ficou em aberto...


Então as empresas que desenvolvem e desenvolveram certas regiões, não fazem sentido? Só porque falharam em alguns sectores ou em alguns projectos? Não reconhecem a viabilidade dessas empresas?!

6 comentários:

  1. A ideologia não se vê pelo nome dos partidos, vê-se nas políticas que defendem.

    Nenhum partido que se identifique com a ideologia social democrata pode defender as politicas que o PSD defende na área social...

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  2. Então um neoliberal é?!

    Então a social democracia é?! A social democracia é algo muito amplo, como sabe... Será uma social democracia do Sul da Europa? Ou Nórdica?! Será aquela que Sá Carneiro defendia - a nórdica?

    Ah... É que as propostas do PS são claramente socialistas ou essa social-democracia que refere.

    Acabar com os SCUT - proposta do Santana Lopes aquando das eleições de 2005.

    Não diminuir IVA - proposta da Dr.ª Manuela Ferreira Leite;

    Suspender obras públicas - propostas da Dr.ª Manuela Ferreira Leite.

    Privatição das empresas públicas - propostas neoliberais...

    Isto é que é... É isto a social-democracia a que se refere?! Se calhar deve ser...

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  3. BBS,

    Intrometendo-me no debate, curiosamente as propostas que referes são todas referentes ao campo económico e não ao campo social como o André Costa referiu.

    E o que o anterior comentador referiu é perfeitamente verdade: não se pode ver a ideologia de um partido pelo nome que ostenta, mas sim pelas políticas que defendem. Algo que se aplica e bem ao PSD em Portugal. O PSD foi criado num contexto e hoje em dia agrupa um conjunto de sensibilidades, que a ver bem, em condições normais, nem estaria junta no mesmo agrupamento político*.

    É preciso ter em conta algumas premissas, até para juntar informação ao debate:

    - o centro-esquerda, em especial depois da adopção generalizada da terceira via de Giddens e Blair, passou a assumir "descomprometidamente" ou sem qualquer objecção de cariz moral, certos princípios económicos que era defendidos pelo centro-direita. Esta aceitação tácita deve-se ao clima de hegemonia vivido no pós-queda do Muro de Berlim, onde os modelo económicos defendidos pela esquerda colapsaram ou saíram chamuscados pela vitória moral do capitalismo. Claro que existe sempre o exemplo nórdico, mas mesmo estes países, iniciaram nesta década uma adopção de medidas neste sentido - em especial a Dinamarca. Daí que a política económica seguida por muitos governos ditos socialistas (afectos ao centro-esquerda) pudessem arrepiar o militante mais purista. As circunstâncias assim o ditaram (maior integração numa União que tem um elevando pendor neoliberal; o próprio sistema económico internacional assim o determina, etc.) dirão outros. O que sei é que este governo de Sócrates, olhando a algumas medidas, seria catalogado de centro direita noutro contexto histórico e económico.

    - Em Portugal (existem vários estudos nesse sentido - o último livro do André Freire demonstra isso mesmo p.e.) as distâncias reais entre os dois maiores partidos de poder são das mais baixas no contexto europeu. Aliás, é precisamente a nível económico que estas diferenças são mínimas. separando o eleitor mediano e o militante mais informado, notamos até que as maiores distinções são realçados por este último, o que indicia que para o eleitor mediano, estas diferenças neste campo são praticamente nulas. E em exercício efectivo de poder, aí é que é possível notar essa mesma situação (até devido a algumas circunstâncias que referi no primeiro ponto).

    - Mas o que fará então as reais diferenças, aquelas que efectivamente são depreendidas pelo eleitor mediano? É precisamente o posicionamento perante a questão social e de costumes. Aliás, não é à toa que o PS tanto insiste nessa agenda (em especial na liberalização de costumes). Com uma política económica tão voltada para o centro (para não dizer direita), convém para satisfação do seu eleitorado, manter activas estas bandeiras. É aqui que efectivamente um cidadão e eleitor mediano que consulte meramente jornais, se define ou define o campo ideológico de um partido (estou a falar em Portugal - aliás, deixo a dica para um excelente artigo de uma politóloga cujo nome não me ocorre na revista do Expresso de há uma ou duas semanas, sobre esta mesma questão).

    (cont.)

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  4. Em relação ao post, creio que há da tua parte um equívoco. Se fores a ver, a nível europeu, o PSD engloba-se na família dos partidos populares e democratas-cristão europeus, mais afecta ao centro-direita, com premissas conservadoras a nível de valores e premissas mais liberais a nível económico. A terminologia adoptada, deve-se a factores históricos e culturais (o calor da Revolução ainda se fazia sentir (o próprio CDS apoiava o "caminho para o socialismo", a entrada na Internacional Socialista tinha sido vetada pelo PS português fundado na Alemanha em 1973, etc.). Isso não invalida que Sá-Carneiro pudesse ter uma concepção mais "nórdica" do modelo a implantar, mas isso não quer dizer que o partido tenha mantido essa matriz. Aliás, longe disso, em especial com a ascensão de Cavaco Silva ao poder. Aí o partido passou a ser visto como um partido de tecnocratas, o partido do self made man, o partido que não se vergava a dogmas ideológicos (como os que afectavam o PS português no final da década de 80). Esta última característica é aliás, e a meu ver, uma das principais razões para este longo ocaso de poder nas últimas duas décadas. O PSD enquanto esteve no poder (durante o consulado de Cavaco), não fez a devida revisão ou discussão ideológica. O PS, que com a terceira via, tem um modelo que tenta mimetizar e adaptar ao país, bem ou mal, tenta efectuar essa discussão (engraçado como o PS neste momento se debate com esse problema - aliás, JA Seguro e Paulo Pedroso, em especial este último, já publicamente vieram a terreno alertar para isso). A herança de Sócrates para o PS será pesada, mas isso seria tema para um outro (longo) comentário.

    Voltando ao tema, o que acontece é que houve um claro desvio ideológico no PSD, que pese mantendo a sua terminologia, acaba por defender uma agenda que em nada deve ao nome.

    O que o Carlos Pereira introduziu na sua página de FB (engraçado como uma pequena particularidade pode dar azo a comentários bem longos - desde já as minhas desculpas a ti ao leitores pela imensão de caracteres ;), poderá assim, e à luz do tudo aquilo que escrevi, ter um real fundamento segundo a sua visão e posicionamento aos mais variados temas. E sendo o PS um partido tendencialmente laico, isso não invalida que haja no seu seio praticantes activos de alguma fé.

    * introduzi este pequeno disclaimer (asterisco no início do texto) para partilhar um pequeno exemplo que tive há bem pouco tempo, a nível de sensibilidades contraditórias existentes no PSD. Conheci, por obra do acaso, numa simples saída à noite, um militante do PSD com cartão, apoiante de Passos Coelho (da campanha ou algo do género), cuja simpatia e espaço político natural era o PNR. A concepção de sociedade, o desprezo pela lógica democrática, a própria concepção de estado, entre outras coisas mais evidentes (espaço vital do III Reich, a economia de guerra perpétua, a concepção tremendamente hobbesiana da sociedade, etc.) que claramente comprovavam isso (sabendo tu o meu posicionamento ideológico, concerteza deduzirás que foi uma conversa que deu pano para mangas - eu e os meus amigos, alguns de de diferentes sensibilidades políticas que não a minha (devo realçar) nem fomos pelo óbvio - a questão darwinista que foi levada ao extremo pelo regime nazi, com a dita solução final).
    Apenas uma questão de lógica de poder, o fazia ser militante do PSD, que para si era o partido melhor posicionado no campo da direita.
    Nesse aspecto, devo reconhecer que a direita é bem mais pragmática que a esquerda, que sendo mais sectária acaba por perder real apoio.
    Obviamente uma andorinha não faz a primavera, mas onde estará o limite em termos de princípios morais e éticos? É que há matérias que não podem ser igualmente catalogadas e princípios que não devem ser ultrapassados, em nome de uma simplista dicotomia direita-esquerda.

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  5. il_messagero,

    Concordo com quase tudo do que escreveste nestes fenomenais comentários.

    Mas são propostas socio-economicas, porque também afectam a área social.

    Actualmente, os partidos, cada vez mais, estão longe da sua matriz original. O próprio Mundo, isto é, as multinacionais é que "mandam" na economia e o resto tem que "obedecer". Fosse que partido fosse, teria que tomar atitudes destas por imposições da UE. É claro que há algumas diferenças na maneira cumprir as imposições da UE.

    Mas, como é óbvio a ideia do post, não era defender a social-democracia ou o socialismo... Era sim, constatar que o deputado Carlos Pereira ainda será meu companheiro de partido! eheheh

    Quanto, ao rapaz que podia pertencer ao PNR, acho que qualquer português, seja de que partido for, e apoiante seja de quem for, tem alguns tiques de extrema direita e ou extrema esquerda. Se falarmos um comunista no alentejo e dissermos que um estrangeiro vai comprar os terrenos e dar emprego àquela gente toda numa excelente fabrica e com excelentes salarios, ele dirá logo que é estrangeiro e vai roubar as terras... E bla bla... É claro que os opostos tocam-se... Mas a maioria dos portugueses têm esses tiques... Este é um dos muitos exemplos que poderia dar! Não é verdade?!

    Abraço

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  6. Para Carlos Pereira ser teu companheiro de partido, o que está o PSD/M disposto a dar-lhe?

    São conhecidos casos de mudanças de elementos da Oposição para a Situação a troco de "tachos".

    Torna-se necessário saber se CP aceita mudar-se.

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