Gostaria de partilhar convosco algumas partes de uma entrevista do Dr. Bruno Pereira.
Dr. Bruno Pereira é definido como "o homem que conhece a Cidade como a palma da sua mão. O homem que afirma que o seu verdadeiro partido é a Cidade do Funchal!"
"Nos últimos anos, desempenhou um cargo de relevo na Câmara do Funchal. Sente que é na política de proximidade com os cidadãos que está a sua vocação para o serviço público?
Claramente que sim! Quem está na vida proximidade em relação à população, de poder ajudar
e servir da melhor maneira possível
a comunidade onde eu nasci, onde eu
cresci, onde hoje em dia tenho a minha
família, nesta cidade que tanto gosto, é
claramente aquilo que é a minha vocação
e é um trabalho que me dá uma satisfação
grande fazê-lo."
pública ou política activa tem de ter sempre a noção de que todos estes
cargos são efémeros, são transitórios, enquanto tivermos um mandato da população para governar. Eu continuo a ter uma profissão, mas do ponto de vista político, naquilo que me realiza como homem e enquanto profissional, claramente que o poder autárquico, o poder
local, com a sua lógica de
As prioridades do Dr. Bruno Pereira são:
"(...)uma questão fundamental que tem a ver
com tentar minorar os impactos desta
situação que vivemos na Europa e no
País. Portanto, eu diria primazia ao social.
Temos de
trabalhar em ambiente de parceria com
um conjunto de instituições que estão no
terreno há alguns anos, como por exemplo
a ASA e a ADECOM, que ao longo
destes últimos anos têm ajudado milhares
de famílias na recuperação das suas habitações.
Isto aqui tem um duplo objectivo:
o primeiro é claramente a melhoria das
condições de vida dessas populações, que
através desse apoio conseguem melhorar
as suas habitações, ter casas com mais
condições, mais dignidade e mais conforto,
e isso é fundamental. Mas também, ao
mesmo tempo, há uma lógica que é colectiva,
que é a própria cidade, do ponto
de vista paisagístico, é uma cidade muito
mais interessante.
apostar numa lógica de inovação, ou seja,
eu acredito muito na ligação entre a cidade,
e não falo só da Câmara, mas também
das empresas e dos hotéis, e a Universidade
da Madeira.
Nos próximos anos
existem vários programas comunitários,
principalmente o Programa Horizonte
20-20, ou seja, o oitavo programa-quadro
para a investigação e desenvolvimento,
num trabalho muito bem feito e já apresentado
pelo Madeira Tecnopolo em que
nós podemos ir buscar verbas comunitárias
para os alunos da Universidade da
Madeira, aprofundar ainda mais as áreas
de investigação.
Por fim, temos a questão do comércio.
O Funchal é uma cidade urbana, com
uma oferta comercial excelente. Temos
excelentes empresários. Esta crise, que
tem particular incidência sobre aquilo
que é a procura interna, levou-nos a ter
alguns tipos de problemas, que estão
diagnosticados, mas uma das responsabilidades
dos organismos públicos é
apoiar, diminuindo muitas vezes aquilo
que são as taxas que os empresários
têm – ocupação da via pública, as taxas
de publicidade. Digamos que, se não
pudermos aumentar as suas receitas,
pelo menos que tentemos baixar os
seus custos. Tudo isso serão preocupações
que nós, ao longo dos próximos
meses de campanha, iremos apresentar.
São soluções, porque a nossa campanha
será acima de tudo uma campanha pela
positiva, com projectos, com propostas
concretas para a cidade do Funchal.
Nós vivemos numa cidade
que é um pouco diferente da cidade onde
eu cresci. Deixámos de ser uma cidade
em que grande parte das suas moradias
eram unifamiliares, e passamos a ser uma
cidade onde a maioria das habitações é
colectiva. Significa que já não existem os
quintais onde as crianças e as suas famílias
desenvolviam as suas actividades de lazer.
Daí a necessidade de ter a ciclovia, de ter
parques e jardins que substituam, digamos
assim, aquilo que antigamente era possível
fazer à porta de casa. Essas políticas
serão claramente para continuar e aprofundar,
porque houve esta alteração do
paradigma habitacional e hoje em dia é no
espaço público que as pessoas encontram
a sua zona de recreio e de lazer.
"
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