Chegamos ao Advento, época muito importante para todos os Cristãos. Uma época de paz, amor, essencialmente de renovação e limpeza espiritual.
Quando Maria e José se deslocaram a Belém, para o recenseamento, não conseguiram um quarto numa estalagem, tiveram de ficar numa gruta. Não encontraram lugar.
Nestes dias, os feirantes do Santo da Serra, tinham ficado sem lugar para fazer os seus negócios, pois a Câmara decidiu devolver os terrenos à Diocese. Felizmente, esta semana a Diocese e a recém-criada Associação conseguiram chegar a um acordo e voltará a feira. Os feirantes encontraram a sua estalagem, não foi preciso procurar uma qualquer gruta.
Finalmente, chegamos ao Funchal, num vai à frente, vai atrás, lá se decidiu o que se ia fazer na Placa Central. É o espírito de Natal, de paz, amor e harmonia. Antes foi necessário criar um massacre de inocentes, não o de Herodes, naquele tempo, mas de quem vive do seu esforço. Foi tudo mal gerido, seja pelo Governo, seja pela Câmara e quem ficou quase a perder foram os comerciantes, turistas e madeirenses. Pior ficaram os comerciantes, pois ficaram na incerteza e muitos deles já com encomendas e stock prontos para as barracas do Natal.
Gostei de ler os argumentos de parte a parte, não os vou rebater, mas devo dizer que ninguém ganhou, antes pelo contrário, ambos perderam. Uns as chaves da casa de banho, outros a compostura e ambos o norte. No fim a razão? Nenhum teve ou tem. Todavia, teremos as barraquinhas “desejadas” pelo Povo.
O nascimento de Jesus é uma época tão importante que nós, madeirenses, designamos como “A Festa”, não é uma festa qualquer, é simplesmente “A Festa”, nesta festa, quando se fala da nossa cultura escreve-se sobre a matança do porco, as missas do Parto, as luzes, a lapinha, a noite do Mercado, o “carrossel” no Almirante Reis, do Circo… E agora “a Placa Central”… De facto, os costumes e tradições, vão alargando, mas será que existia a necessidade desta discussão em público?
Os madeirenses e, neste caso particular, os funchalenses não querem saber de barracas, querem saber do que os políticos irão executar e realizar nos próximos tempos, isso sim, desejam ter um sapatinho mais recheado, desejam que, no próximo ano, existam os frutos na lapinha que há tantos anos ambicionam. Alguém acha que um turista vem da Alemanha, que tem mercados de Natal que são fora de série, à Madeira por causa de umas barracas? Alguém acha que, se não existissem as barracas, as pessoas não estariam felizes? As decorações adoçam-nos os olhos, mas a verdadeira iluminação do nosso coração e espírito é o nascimento de Jesus. Pensem nisto!
Agora que as barracas estão montadas, só nos resta dizer aquela tradicional expressão, que os madeirenses utilizavam, quando iam à casa dos vizinhos ou familiares nesta época: “E o Menino Jesus já faz xixi?”, isto é, tem um licor do natal nesta casa?
Post Scriptum 1: Será que, depois das declarações de um dirigente do Livre da Madeira, ups… do JPP, vão abrir um processo à Joacine? Ups… não é Joacine é ao deputado municipal do JPP que votou contra o Orçamento Municipal?
Post Scriptum 2: Ou será que o JPP fará um voto de louvor, por este ter ido contra a disciplina partidária, pois já aprovou o voto semelhante em Santa Cruz a um vereador da oposição. Qual será a coerência ou falta dela deste partido familiar? Claro que o JPP nada fará porque lhe falta moral, não foi ele criado na indisciplina partidária dos seus dirigentes no partido de origem, de que são “filhos”?
Publicado no JM-Madeira - Siga Freitas
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