domingo, 4 de agosto de 2013

Poucas-vergonhas na política doméstica

Uma pergunta a cada Madeirense e Portossantense. Em consciência, o meu Amigo acha que se pode confiar no que se chama um «vira-casacas»?

Faço esta pergunta porque vejo pessoas a se candidatar, que já estiveram por exemplo no meu ou noutro Partido e, apenas porque não lhes deram o «tacho» que pretendiam, logo mudam de partido político como quem muda de talher à mesa.

 Acha o Leitor que quem faz isto com a maior «lata» e desplante, tem estofo ético para dirigir uma Autarquia? Acha o Leitor que um indivíduo destes oferece um mínimo de garantias, de condições, para decentemente garantir às Cidadãs e aos Cidadãos a gestão séria de um Município ou de uma Freguesia?

 Por exemplo, ainda há pouco tempo, um advogado que prestava serviço no respectivo gabinete do então Presidente da Câmara, depois afastado, e bem – a tempo viram o que era a criatura – dirigiu-se ao Vice-Presidente do Governo Regional, indagando se estavam a contar com ele para Deputado.

 Perante o não ter havido qualquer notícia sobre o assunto, bem como pensando que, por razões familiares, poderia aproveitar algum descontentamento pela não continuidade da anterior titular do cargo, e como o que ele queria era ser «alguma coisa», ei-lo virado «socialista» e a concorrer contra o PSD onde estivera filiado.

 Uma pessoa destas, garante o exercício autárquico que é fundamental para o Bem Comum da população?

 Nos respectivos meios concelhios, as pessoas conhecem-se bem e sabem qual o estofo de gente deste género. O seu passado e percurso, inclusive...

 Por exemplo, noutro caso, o percurso camaleónico também é... «um espanto»!

 A criatura mete-se na JSD. A seguir, legalmente, conseguiu um emprego na administração autárquica. Como funcionário, medíocre.

 Candidatando-se verbalmente a tudo quanto cargo político que aparecia para ser preenchido, obviamente que ia sendo recusado, dada a «peça» que constituía.

 Claro que a fúria ia toda contra o presidente do Partido que, apesar de só agora saber da existência e dos «feitos» de semelhante especímen, era considerado o culpado de não dar vazão a tão «promissora» carreira política.

 Ainda por cima sem coragem e sem lealdade para, olhos nos olhos, dizer ao respectivo Presidente da Câmara, seu superior hierárquico, que se ia candidatar, quando tal lhe era pacificamente perguntado.

 Que não, dizia o hipócrita.

 Candidatou-se contra o até então seu Partido.

 Um indivíduo destes merece qualquer confiança para dirigir um Município, os Valores Deste e as Suas respeitabilíssimas Tradições?

 Ou já nos afundámos no vale-tudo?

 E que pensar das pessoas que se candidatam por «coligações» que metem tudo desde a extrema-direita à extrema-esquerda?

 A população acha que tem qualquer crédito, um indivíduo que se apresenta como sendo de «direita», e portanto se comprometendo diante do Povo a respeitar e a praticar os respectivos Princípios e objectivos, e aparece no mesmo saco, na mesma candidatura, com outro indivíduo que se apresenta como sendo de «esquerda» e portanto também ao mesmo tempo se comprometendo diante do Povo a respeitar e a praticar os respectivos Princípios e objectivos?

 Em que ficamos?

 É o de «direita» que vai fazer o frete ao de «esquerda», ou é este que vai fazê-lo ao de «direita»?

 Afinal, para onde vai tal «coligação»?

 Afinal, é a gente desta que vamos entregar a gestão e os dinheiros das Autarquias?

 Bem razão tive sempre de nunca comprometer a minha lógica e a minha coerência, em coligações.

 Outro caso.

 A daquele grupo marxista de uma Freguesia que quer dominar todo o Concelho, a começar pelas Freguesias que são muito mais populosas e decisivas no Município.

 Cujo líder está ligado sindicalmente à CGTP comunista.

 Grupo que inviabilizou o funcionamento da respectiva Câmara, que agora pretende, pois durante quatro anos o Partido mais votado não teve a maioria no Executivo municipal, e sim a Oposição, tudo por causa das legislações tontas com que a República Portuguesa se grinalda para decoração pirosa do regime político que ainda temos.

 Sabotou este grupo o funcionamento da sua Câmara Municipal, durante quatro anos, perfeitamente indiferente às necessidades da população.

 Sabotou, como já tentara sabotar obras públicas que foram decisivas para o desenvolvimento do seu Concelho, como efectivamente sabotou, com diligências judiciais, empresas privadas que acabaram por falir e os seus Trabalhadores no desemprego. Este grupo de uma pequena Freguesia que pretende governar as Outras, fez gala de hipocrisia desdenhar a sorte das Famílias dos Trabalhadores que mandou para o desemprego, enquanto que chama sempre a para eles disponível comunicação dita «social», para lhes tirar a fotografia quando exibem ajudar alguém. Que vergonha!...

 Afinal o que é mais sério? Este espetáculo à custa da desgraça alheia, ou a discrição de quem, na mesma Câmara, espalhou o bem e ajudou muitas pessoas, sem nunca chamar a televisão e os fotógrafos?

 Mas, cúmulo dos cúmulos de toda esta pouca-vergonha, é ver os fariseus ditos «cristãos», ditos conservadores, ditos «de direita», a apoiar financeiramente o bando e com eles se aliar!

 E um árbitro de futebol que nem é do Concelho, já não tem aí relações familiares, também já há anos que não trabalha por lá, a sua presença é apenas nas reuniões de Câmara e nos estabelecimentos de venda de molhados?...

 Mas apresenta-se, como se o Município não tivesse Filhos que provaram capazes de conduzir ao desenvolvimento e à boa gestão!

 Se todas estas Verdades trago a público, faço-o por Dever de cidadania.

 É que são quase quatro décadas de Democracia no nosso País, mas que apetece perguntar que raio de educação se deu a certa gente, para vermos tanta bandalhice!

 Tanta porcaria, que se percebe porque é que muita gente válida que a Madeira e o Porto Santo efectivamente e graças a Deus têm, no entanto não se querem comprometer com a política, muito menos com os partidos.

 E a Região que precisa tanto destas pessoas!

 Mas, pelo contrário, o que vemos é os medíocres e os sem carácter a emergir na política doméstica, bem manobrados pelos antigos feudalistas da «Madeira Velha» e da maçonaria, os quais, perante a crise de hoje, vêem uma nova oportunidade de explorar o Povo Madeirense, manipulando os badamecos que, sem vergonha, tomaram de assalto os partidos.

 Post-Scriptum: Os fariseus desse clube anti-PSD, que na Madeira se chama também CDS e que na sua «cruzada» contra os autonomistas sociais-democratas se alia e paga o que fôr preciso, desde a extrema-direita à extrema-esquerda, passando pelo diário da maçonaria, tal gente, seraficamente, continua na tecla das «incompatibilidades», a ver se caça voto a quem estiver distraído. Só os tôlos é que se deixam enganar. Só os tôlos é que aprovam um documento decalcado da legislação colonial, mas mais fundamentalista porque propõe mais «incompatibilidades» para a Região, do que no retângulo. Só os tôlos é que aprovam um documento que, num arquipélago de duzentos e cinquenta mil pessoas, retiraria uma enorme quantidade de pequenas e médias empresas da possibilidade de fornecer um sector com a dimensão do sector público regional. Quem ganhava? Empresas do rectângulo e, por cá e por exemplo, as de propriedade de cidadãos britânicos, cujos não têm familiares na política activa, embora a família Blandy bem activa por detrás da oposição. Só os tôlos é que aprovam uma legislação que reduz ainda mais o campo de recrutamento para a vida política nas élites locais, quase que remetendo para o Serviço de Emprego. É que já temos Rodrigues bastantes...  A Autonomia é ter em vigor leis próprias e adequadas à realidade regional, cuja execução está sujeita ao controlo judicial como em qualquer parte do território nacional.

 Artigo de opinião do Dr. Alberto João Jardim

 

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