segunda-feira, 15 de julho de 2013

Mensagem aos Jovens Sociais Democratas


Nesta minha comunicação escrita, quero falar convosco de quatros assuntos que, neste momento histórico, são essenciais para o nosso futuro, enquanto Organização Juvenil e enquanto Região Autónoma, todos eles relacionados com a Juventude, como é óbvio. O primeiro tema é o das bolsas de estudo dos jovens estudantes madeirenses; o segundo, relacionado com o primeiro, é o das viagens aéreas e marítimas desses estudantes; o terceiro ponto, é o desemprego que assola o nosso país e a Europa e que bloqueia o nosso futuro; e o último são as próximas eleições autárquicas e o papel da JSD nessas mesmas eleições.

1.    Sobre as Bolsas de estudo há que reconhecer, frontalmente, que a situação deve ser alterada.

Ainda na última assembleia geral de estudantes sociais-democratas a Cristina Faria abordou o tema e é importante pensar num modelo para as bolsas de estudo, um repto a que procuro aqui responder. Assim, entendo que:

a.    As bolsas de estudo não devem ter todas o mesmo valor, porque devem submeter-se ao princípio da equidade, do equilíbrio e da justeza. É justo que as pessoas com mais necessidades recebam as bolsas, mas é igualmente justo que os mais carenciados sejam proporcionalmente compensados, recebendo bolsas de montante mais elevado. Não se pode tratar de uma forma igual o que é diferente, a igualdade cega é própria dos regimes marxistas que eu liminarmente recuso.

 Assim, não é aceitável que haja um montante igual, por exemplo, de 170 euros, para todos os estudantes, quando, à partida, os níveis socioeconómicos são diversos. Proponho, em consequência, a adoção de uma fórmula de cálculo semelhante às das bolsas da ação social do continente que possa contemplar as diversas situações. Só assim haverá a verdadeira equidade e justiça social, conforme é apanágio do ideário social-democrata.

b.    Outro ponto importante, num momento de crise como aquele que atravessamos, é a eficácia e a empregabilidade dos cursos. A ninguém é vedado seguir os seus sonhos, mas há que ter a consciência plena de que  terá de haver critérios de seletividade e prioridade na atribuição de bolsas por parte do Governo tendo em conta a economia real e o mercado de trabalho.

c.    Isso não significa vedar a quem quer que seja seguir o curso da sua preferência, se assim o entender, mas há que recorrer a outros modos de financiamento, de uma forma autónoma e com o apoio da sociedade civil, consoante o tipo de curso.

d.    Perante este momento de crise, as ajudas têm que chegar a todos os estudantes, jovens ou crianças. Como social-democrata não posso permitir que existam crianças que só tenham uma refeição por dia e essa seja na escola, graças às políticas sociais do Governo Regional. Não podemos esquecer que a JSD não pode ter apenas preocupação com os jovens dos 14 aos 30 anos, as crianças devem merecer o nosso especial carinho, no momento em que estas políticas europeias geram o desemprego. Como tal, temos que alargar o apoio que lhes é concedido. Eu recordo-me de uma iniciativa em que fui com o GICO a uma creche, e vi crianças a ser apoiadas, lembra-me de uma em especial e a felicidade dela ao ver o Luís Filipe a trazer as papas para as crianças. Como é possível? Temos de nos empenhar em combater isto. Todos os jovens devem ter acesso à educação e não podem ser impedidos por motivos financeiros. É este o desafio que vos lanço. O nosso Governo Regional, tem feito uma obra social notável ao longo dos seus mandatos, mas a sociedade civil não se pode demitir das suas responsabilidades, temos de criar sinergias e unir vontades ao serviço dessas crianças neste momento de crise que atravessamos.

2.    O segundo ponto que é importante referir são as viagens aéreas e marítimas. Temos que voltar a nos bater pelas viagens aéreas e pelo seu justo financiamento. Eu experimentei as duas fases, antes da liberalização e agora. Confesso que agora estamos melhores, mas ainda não é esta a solução ideal. Acham normal haver estudantes que paguem 500 € para vir à Madeira no Natal? Temos que nos bater novamente, e  trazer esse assunto novamente ao debate público. Vamos lutar, nem que seja pela persistência, e vamos conseguir. O João, a Maria, a Andreia, ou qualquer outro jovem longe da sua terra, ninguém, pode ser impedido de vir a casa, nomeadamente na época do natal, a festa madeirense da família por excelência.

3.    O terceiro ponto que quero aqui trazer é o desemprego, esse verdadeiro flagelo que atinge tantos de nós, sobretudo os mais jovens e contra o qual há que lutar e propor soluções novas, baseadas, muitas delas,  no ideário social-democrata. Temos de debater alternativas, temos de discutir soluções, entre todos nós, convidando especialistas na matéria, se necessário, temos de agarrar o futuro com as nossas mãos.

4.    A Madeira tem futuro e o futuro são os jovens, é a aposta nos nossos recursos, na terra e no mar, na nossa ZEE, com aplicação científica e investigação, com o aproveitamento dos jovens quadros universitários nos infindáveis recursos marítimos, base do nosso futuro.

A Madeira tem futuro: nós jovens, construí-lo-emos, com o legado que nos deixaram os governos sociais-democratas do Dr. Alberto João Jardim, pelo muito que fez pela nossa terra, pelo progresso e pela dignificação do Povo madeirense perante aqueles que o queriam humilhado e atrasado!

Que alternativas temos? Não vamos fazer demagogia como a oposição e utilizar os desempregados como escudo e bandeira, vamos combater este flagelo com medidas, vamos trazer os jovens para a Madeira e criar emprego. Como? Com programas de emprego ativos, com a divulgação da experiência jovem, com os estágios profissionais, junto dos jovens e das empresas, é o nosso dever fazer esse trabalho. Temos de fazer com que as empresas madeirenses queiram entrar mais nos programas de estágios profissionais e experiência jovem. As alternativas existentes são credíveis e temos que “pegar” nessas hipóteses que existem.

5.    Finalmente o último ponto que vos quero deixar é sobre as próximas eleições autárquicas. Estas eleições são disputadas num momento de grandes dificuldades e de  uma grave crise internacional,  com grandes abalos e incertezas na governação da República, donde é habitual nos chegarem convulsões constantes. Mais do que nunca, este deve ser e será, estou certo disso, um momento de união da JSD com o Partido!

Temos de nos unir para voltar a ganhar. Estas vitórias são especiais, olhemos para os nossos pais, a nossa família, os nossos amigos, os nossos vizinhos e até de pessoas que não têm compreendido  a nossa mensagem e o nosso projeto. Vamos lutar por todos os madeirenses e lutar muito. Temos que ganhar estas eleições, por eles e pela vida digna que merecem continuar a ter sob a égide da social-democracia!

Sejam quais forem as nossas divergências, como é própria de uma organização democrata como a nossa, este é o momento de cerrar fileiras!

Para bem da Madeira e das suas populações, não permitiremos a ofensa aos nossos eleitores, por parte daqueles que têm a arrogância de dizer que quem vota no nosso partido não é devidamente esclarecido! Essa é a voz do despeito de uma oposição que não dá conta de si, e  como é que havia de dar conta do governo das nossas juntas e das nossas câmaras?

O mais importante não é se temos lugar ou o lugar que temos na lista de candidatos!

Acima de tudo, estas são as nossas convicções, a confiança que temos nas pessoas e, sobretudo, a confiança que as pessoas depositam em nós, votando no nosso partido e no nosso programa, para que continuemos a dar o melhor de nós na nossa freguesia, no nosso concelho, na nossa terra! 

Pelo PSD e acima de tudo pelas populações da nossa terra, até o dia 29 de Setembro temos de nos unir ainda mais e garantir a vitória das nossas terras que o mesmo é dizer a vitória do nosso partido.

Vamos erguer a bandeira do PSD, mas, ao mesmo tempo, temos de entender que fazer campanha é também falarmos com os nossos amigos, os nossos vizinhos e dizer que queremos o melhor para a nossa terra e explicar porque queremos que o PSD ganhe.

A vitória do PSD é a vitória do progresso e a derrota do retrocesso!

Temos algumas batalhas difíceis, em democracia é sempre assim, mas juntos ninguém nos bate. Temos que acreditar nos nossos candidatos, mas acima de tudo acreditar nos madeirenses para que eles acreditem em nós.

E digo-vos, podem contar comigo, hoje e sempre, seja para o modesto contributo das ideias, seja para fazer campanha porta à porta. Se for preciso fazer campanha no Seixal, se for preciso fazer campanha na Corujeira de Dentro, onde quer que seja, contem comigo. Liguem-me e estarei sempre disponível para o melhor da nossa terra, porque é isso que devemos desejar. O melhor para nós e os nossos conterrâneos!

Como disse Francisco Sá Carneiro: "Se nos demitirmos da intervenção ativa não passaremos de desportistas de bancada ou melhor de políticos de café."

Eu sei que nos apetece muitas vezes estar no bem bom da praia ou numa esplanada numa boa companhia, mas, e o nosso futuro? E principalmente o nosso presente? Vamos deixar os outros decidir? Queremos ver o futuro da nossa terra hipotecado? Por isso, concluo: "Devemos mais preocuparmo-nos com a próxima geração do que com as próximas eleições.", com isto quero dizer vamos preocupar-nos com a nossa geração e a próxima, mas para isso vamos todos ajudar os nossos companheiros a ganhar estas eleições.

Acima das nossas diferenças está o partido, está a JSD! Está a MADEIRA!

Parafraseando uma célebre frase do Dr. Francisco Sá Carneiro:
"A Autonomia é difícil e exigente, mas dela não nos demitiremos."

Viva a Madeira!
Viva ao PPD/PSD!
Viva a JSD!

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