Partilho um post do 31 da Armada. É aquilo que sinto com a morte de José Saramago.
"As mortes não se festejam. Sejam de um facínora ou de um herói. As mortes lamentam-se. Mas não aceito que tentem transformar um morto naquilo que ele não foi em vida. E que estes momentos sirvam para apagar da história o que as pessoas fizeram. Aos familiares e amigos de José Saramago o meu respeito. Compreendo que as instituições portuguesas prestem homenagem àquele que é o único Nobel português da literatura. Isso também não pode ser apagado da história. Mas esta é também uma altura para relembrar o passado negro de José Saramago.Não sei se Saramago era adepto da democracia norte-coreana do camarada Bernardino. Mas esteve na linha da frente para contestar a liberdade em Portugal no PREC. Saramago nunca perdoou ao país por não ter seguido a via soviética em 1975. Eu nunca gostei da personagem: do activista, do político, do saneador, do amigo de ditaduras e do anti-semita. José Saramago era um homem mau, amargurado e zangado com a fortuna que a vida lhe trouxe. Nunca demonstrou respeito e compaixão por aqueles que não gostava, usando e abusando da arrogância para destratar os seus adversários. Também Portugal não foi bem tratado por ele, apesar de o encarar com uma reverência exagerada. Várias vezes insultou o país e os seus dirigentes políticos. E mesmo insultando o país, não deixou de aproveitar as benesses que o regime lhe ofereceu, como sucedeu em Lisboa. As suas guerrilhas contra a Igreja Católica e os crentes são uma evidência da sua intolerância e falta de respeito pelos outros. No entanto, a Igreja Católica que ele tanto detestava e insultava, ajudou-o imenso. Os insultos vergonhosos que lançava para a praça pública eram sempre anteriores ao lançamento de um novo livro. A liberdade também não era uma palavra que ele apreciava. Ajudou a promover ditaduras como Cuba no mundo, e nunca denunciou os crimes do comunismo. Aliás bem na senda de outros comunistas que se esquecem de referir os milhões de mortos causados pelos regimes criminosos."
de Nuno Gouveia em 31 da Armada
A hipocrisia deste Povo, é impressionante... Como é possível?! Alguém que nunca gostou de Portugal, que odiou Portugal, que pensou em ter nacionalidade espanhola, alguém que queria acabar com aquilo que foi o 1 de Dezembro 1640, alguém que maltratou aqueles que nos governaram, aquele que atacou os católicos por seguirem um "livro de maus costumes"... Foi esse o homem... A família, amigos e aqueles que gostavam dessas coisas desse homem, que chorem a sua partida! Agora... Chega de hipocrisia!
Post Scriptum 1: Será que Deus estará a falar com Saramago acerca da última obra?!
Post Scriptum 2: Engraçado, engraçado é ver alguns posts de alguns, que eu a certa altura disse que eram de esquerda, mas negaram, porque nesse momento eram candidatos pelo CDS-PP... A verdade é que nestes momentos revela-se a verdadeira face!
Disse Saramago "Não sou um ateu total, todos os dias tento encontrar um sinal de Deus, mas infelizmente não o encontro." Não admira que nunca o tenha encontrado, com grande probabilidade isso nunca irá acontecer.
ResponderEliminarPode ter sido um grande escritor, merece o mérito das obras das quais nenhuma consegui ler até ao fim, pode ter alcançado aquilo que outros não conseguiram, mas na hora da sua morte só essas coisas maravilhosas querem fazer ver. Quem conhece um pouco mais sabe que Saramago cometeu muitos erros e apesar de o povo agora o perdoar e só louvar os seus grandes feitos, esse Deus que ele nunca encontrou tudo sabe e de certeza que não lhe pediu um autógrafo na capa da sua última obra.
Mesmo assim, que fique bem José Saramago...
Meu caro.
ResponderEliminarPelo menos desta vez estamos de acordo. Estou do teu lado. Um abraço João.
Finalmente concordamos! Abraço João
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