domingo, 14 de março de 2010

XXXII Congresso PPD/PSD


Ontem estive no XXXII Congresso do PPD/PSD e na minha opinião o Congresso serviu para eu clarificar a minha posição e o meu voto.

O Congresso correu muito mal ao Passos Coelho, ao contrário dos debates, este quis cair em graça do Alberto João, mas caiu em desgraça. Como madeirense, jamais apoiarei alguém que hostiliza a Madeira, os madeirenses e o Presidente do Governo Regional da Madeira. O Pedro Passos Coelho que tinha o Congresso todo controlado, não conseguiu galvanizar os seus apoiantes.

O Castanheira de Barros tem boas ideias e medidas, contudo a sua postura não é a melhor, a postura que coloca não é a melhor... Desejo-lhe a melhor das sortes...

O Aguiar-Branco tem vindo a melhorar a sua prestação, cresce de dia para dia... Cheguei a vê-lo reunido com o Professor Marcelo Rebelo Sousa reunido atrás numa sala atrás do palco, e pensei que o Professor Marcelo Rebelo Sousa pudesse aparecer como candidato. Apesar de achar que o Aguiar-Branco estar a surpreender pela positiva tudo e todos, no Congresso contava-se que ele só continua na corrida, pois tem um acordo com Pedro Passos Coelho para ir até ao fim e assim dividir os votos da ala da Manuela Ferreira Leite. E assim, está prometido o lugar de líder parlamentar ao Aguiar-Branco. Por isso, na minha opinião devia retirar a sua candidatura...

O Paulo Rangel foi sem dúvida o melhor dos candidatos no Congresso. Fez um discurso em virado para os militantes, mas sobretudo para o país... Neste momento, acho que é a pessoa indicada para comandar e gerir o PPD/PSD. Não vou argumentar, que é por argumento A, ou argumento B... Isso fica a cargo dele e dos seus apoiantes...

Em relação ao restante Congresso, destaque o excelente discurso do Pedro Santana Lopes, ficou só a faltar dizer quem apoia.
O Dr. Alberto João Jardim fez um discurso para o partido e o país, e faltou-lhe falar do futuro do partido, todavia adorei o seu discurso.
O Professor Marcelo Rebelo de Sousa fez um grande discurso e deixou desafios aos candidatos, era esta a pessoa que eu achava que devia liderar o partido!

8 comentários:

  1. Estiveste no congresso? Votaste a favor da lei da rolha?

    ResponderEliminar
  2. Caro Eduardo,


    Não segui o congresso, não sou parte interessada (ideologicamente falando) e o pouco que soube foi via media (leia-se jornais online).

    Feito este pequeno "disclaimer", não deixo de constatar que não fazes qualquer menção à autêntica lei da rolha que foi aprovada. Mas confesso que não resisto a achar irónico, que isto aconteça precisamente no partido que nas últimas eleições andou a falar em clima de "asfixia democrática" e "restrições à liberdade de expressão".

    O que foi aprovado - “A violação da alínea f) do nº 1 do artigo 7 é tipificada como infracção grave, especialmente quando a mesma se consubstanciar na oposição às directrizes do Partido no período de sessenta dias anterior à realização de actos eleitorais nos quais o PPD/PSD apresente ou apoie candidatura.” [fonte publico.pt] - é do meu ponto de vista grave e pese até acredite que os propósitos fossem outros - questões de unidade e lealdade para com a organização - a verdade é que dado o contexto vivido, acaba por representar a meu ver um tiro no pé por parte do PS, isto olhando à mensagem que é passada ao eleitorado [nem falando no flanco que dá aos adversários].

    Por outro lado, quando leio o teu post, fico com a sensação que na prática este congresso serviu apenas de grande comício ou "warm up" para as eleições que aí vêm.

    Compreendo que dado o curto período que dista das mesmas, fosse natural que tal facto acabasse por suceder, mas o certo é que este congresso foi anunciado tendo o propósito de clarificar medidas estatutárias do partido, assim como clarificar ideologicamente o mesmo.

    Embora na maioria das vezes não concorde com muita da retórica e argumentação de AJJ, antes do congresso, foi dos poucos que ousou meter o dedo na ferida: o PSD, mais que discutir líderes, necessita de se definir ideologicamente.
    Aliás, os candidatos apresentados com ideias e visões diferentes entre si, representam ao fim ao cabo, o quão ténue é a linha ideológica que sustenta um partido que contém nas suas fileiras visões dispares do papel do Estado e sociedade, como as de AJJ ou Menezes ou noutro extremo as de um António Borges.

    E enquanto essa definição não acontecer, o partido nunca será tido como credível, pois nunca será tido como suficientemente coeso para tal. (cont.)

    ResponderEliminar
  3. Quanto ao congresso e falando com as bases que já referi (que são parcas), temos de ter em conta que a estrutura que o Passos Coelho dispõe e o profissionalismo e organização da mesma é uma vantagem que não deve ser tomada ao de leve. Aliás, na guerra das claques (!?!), segundo os media, parece que demonstrou que leva vantagem. Convém lembrar que Passos Coelho tem ainda o trunfo de não estar conotado com a actual direcção, tendo feito trabalho de campo desde a última eleição que perdeu.

    Paulo Rangel, tem um percurso curioso e o facto de ter passado pelo PP, para além de criar muitos anti-corpos, é revelador de uma deriva conservadora que simplesmente tomou o partido, desvirtuando os propósitos que nortearam a sua fundação. Pese seja militante há menos de dois anos (ao que parece), tem a seu favor a vitória nas europeias. Mas segundo os media, parece que não conseguiu captar um congresso, cujas espingardas já iam há muito contadas em maioria para o seu adversário.

    Quanto a Aguiar-Branco, pese os elogios tecidos ao seu contido mas bem delineado discurso, surge talvez de uma forma que não me surpreende, como "underdog" nesta corrida (o outro candidato praticamente não contará). Para além de estar conotado com a actual direcção, tem o óbice de ter sido o último candidato a anunciar uma candidatura, ainda para mais quando não é uma pessoal consensual entre as hostes laranjas.

    Hoje em dia, com a sucessiva profissionalização da política, a organização e o timming são deveras importantes. Obviamente, esta não é uma regra 100% absoluta, mas é curioso observar que grandes viragens em congressos partidários, praticamente rareiam cada vez mais a nível nacional e a última que me lembro foi a vitória de Ribeiro e Castro no PP em 2005 (creio) contra todas as probabilidades.

    O facto de Passos Coelho dispor de uma enorme vantagem neste campo, arrecadando as devidas espingardas desde há muito tempo a esta parte, podem significar algo e num partido tão fraccionado como o PSD, onde aparentemente é necessário negociar com tantas facções, todo este tempo que dispôs pode vir a ser precioso.

    Finalizo este comentário (que era suposto ser breve), voltando ao início. Que moral tem um partido para clamar que é alternativa viável, uma alternativa aberta à sociedade civil, quando se perde nestes "rodriguinhos" partidários não se definindo claramente, escondendo-se com discursos pejados de palavras já gastas, slogans tipicamente repetidos como "ruptura" ou "mudar" ou por outro lado, aprovando sanções que na óptica limita a liberdade de expressão, tornando para o exterior, os militantes como seres autómatos que dependem das directrizes e discurso oficial das cúpulas das máquinas partidárias?

    É que muito do descrédito nas organizações partidárias, nasce precisamente de medidas e atitudes como esta. Os partidos foram e são ainda sustentáculo da democracia em Portugal. Mas convém que a lógica "eucaliptal" enveredada nos últimos anos,não produza resultados inversos, provocando o total descrédito destas organizações e dando azo ou flanco ao aparecimento de "salvadores" que ao fim ao cabo, poderão redundar numa mera subtracção de liberdades que damos como adquiridas. É um cenário "catastrofista", mas o cero é que mesmo pode vir a acontecer se outras atitudes não forem tomadas.

    post scriptum: a edição #2 do projecto10 já está online - tema Sagrado. Fica dada a dica ;)

    ResponderEliminar
  4. Em relação à dita lei da rolha, eu não fui delegado, fui mero observador... Contudo devo dizer que concordo com a Lei. Considero que quando se está numa organização, numa instituição e estamos perante um momento importante da instituição devemos evitar criticar a liderança dessa instituição. Ou não? Tenho a certeza que vocês não diram mal dos vossos patrões, nem nada parecido...


    il_messagero,
    Considero e concordo com grande parte daquilo que dizes, o problema do PSD, é que não são só as claques que votam... E sem dúvida que o Pedro Passos Coelho ganhará, para mal de Portugal e dos portugueses... Esperemos que o futuro nos reserve algo de bom... O PPC partiu muito à frente, está na pole positio, vamos ver que recuperação consegue o Paulo Rangel...

    E fico muito feliz por teres gostado do discurso do Alberto João, que apesar de ter gostado, achei que ele devia ter falado dos candidatos...

    ResponderEliminar
  5. Tens noção que agora tens de ter mais cuidado com a língua?

    Ah, não. Já estavas habituado ao PSD da Madeira.

    ResponderEliminar
  6. Caro Eduardo, não me revejo num PSD que impõe uma "lei da rolha". Assim irão continuar na oposição por mérito próprio.

    ResponderEliminar
  7. E quando é que o PSD se define de uma vez para sempre, se é social-democrata, ou se é de direita?

    ResponderEliminar
  8. Eu até concordo com a chamada "lei da rolha" do PSD. Espero que ela seja aplicada a todos os prevaricadores sem excepção. Assim, graças a essa bendita lei, calarão o fala-barato do Alberto João, e se ele não acatar a lei será expulso do PSD.
    Digam lá que a lei não é boa?

    ResponderEliminar

O blogue Madeira Minha Vida não é responsável pelos comentários reproduzidos no blogue.
Cada comentário é da responsabilidade de quem o redige.

Comente com ponderação!