quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pedro Costa - 24/11/1981 - 29/12/2009

Ontem foi um dia muito estranho para mim… Foi um dia que fez-me reflectir, uma vez mais, acerca de como efémera é a vida… Porquê?!

Sem mais nem menos, de um momento para o outro, um colega e amigo de trabalho faleceu… É chocante, porque ele era saudável, até segundos antes de falecer, não estava doente, e não sofria de qualquer problema, por isso estou abalado com a notícia.

Como é possível? Não era um idoso, não sofria de nada … Tinha unicamente 28 anos… Não consigo compreender… A efemeridade da vida é algo tão… Não sei… A minha incompreensão é incompreendida… Como é possível?

Pedro,
Esta notícia, deixou-me completamente abalado… Nunca pensei que tal pudesse acontecer… Porquê? Como foi possível tal acontecer?!
Segunda-feira, chegarei ao escritório, e não sei como olharei para a tua secretária… Tenho a certeza que estarei no elevador a pensar: “que treta vou arranjar para chatear o Pedro em relação aos lampiões…”
Não sei como homenagear-te, não sei o que pensar, nada disto parece-me real… Contudo, não consigo pensar ou sequer imaginar que já não te terei na sala da dosimetria… Não é possível! Não estavas doente… Ou estavas? Parecias saudável… Ainda para mais, o teu Benfica "espoliou" o meu Porto e andavas todo confiante em relação a uma possível vitória no campeonato.
Ainda a semana passada despedi-me de ti, desejaste-me boa viagem, mas quem partiu foste tu e não eu. E eu não me despedi de ti! Ninguém se despediu de ti… Como pode acontecer algo assim?
Será que existe uma justiça divina? Ou melhor uma injustiça divina? Não compreendo… Por mais que tente compreender, não consigo…
Agora quem irei chatear quando o Porto ganhar? Até já pensava chegar a Maio para dizer: “Já viste, o Porto é Penta campeão…”
Até pensava, como é que vamos pressionar o João para apresentar as colegas de trabalho?
Até pensava quando é íamos convencer o sr. Manuel do Buraco a oferecer-nos mais um cálice do Porto e lá reclamarias do molho ser sempre o mesmo, fosse em que prato fosse…
Deixaste-me de rastos, e sem palavras… Quando li a mensagem electrónica do engenheiro, não sabia o que pensar, pensei que houvesse algum erro, pensei que estava a dormir…
Não sei… Não sei… Não compreendo… Não sei… Não sei, se para onde partiste estarás melhor, porque partiste de repente… Não houve nada que indicasse tal… Espero e rezo que a tua alma esteja lá onde estiver, esteja em paz… E deixa-me que te diga que 3 meses passados ao teu lado, foram importantes para mim…

Até um dia, amigo…

2 comentários:

  1. Ana Catarina Freitas30 dezembro, 2009 12:48

    Sou namorada do Pedro.

    Não imaginam o que estou a sentir... ou o que não estou...
    Não sei o que dizer, mas não podia deixar de comentar o que escreveste.
    Obrigada pela amizade e companheirismo que lhe tens, o Pedro falava muitas vezes de ti e do teu Porto.
    Só queria que ele pudesse falar mais...
    Ontem fiquei a saber o quão grande é a injustiça no mundo... o Pedro?! Porquê?! Ama, trabalha, cumpre, ajuda, encanta... onde está o mal em tê-lo entre nós? Onde?!? :'(
    Não podemos mudar nada no que aconteceu, mas podemos mudar-nos a nós. Podemos dar mais valor às pessoas que amamos, podemos não sair de casa sem dar um beijo em quem lá temos connosco, podemos resolver as brigas antes de batermos a porta... ao fim do dia pode ser tarde para pedir desculpa.

    Eu hoje ia ter com o Pedro a Lisboa, já não fui a tempo :( ... mas sei que ele partiu a saber o amor que eu lhe tenho e a saber tudo o que significa para mim.
    Com certeza que foi também feliz em relação a vocês, colegas de trabalho.

    Mais uma vez, obrigada pela vossa amizade.

    Até já, Pedro *

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  2. Ana,

    Neste momento temos que ser fortes... E tenho a certeza que o Pedro estará sempre a teu lado!

    beijinho,
    Eduardo

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