quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Se a Madeira não quiser ser socialista é melhor ser independente?...

"No discurso de tomada de posse do segundo Governo encabeçado pelo senhor José Sócrates, em 26-10-2009, o Presidente da República trouxe a questão das relações entre o Governo central e os Governos Regionais da Madeira e dos Açores para o centro da política portuguesa. O Presidente afirmou que é indispensável «um bom entendimento» entre o poder central e as regiões autónomas.

Creio que o seu objectivo é cercear a perigosíssima deriva de desprezo secessionista do Governo, e do Partido Socialista, relativamente a uma região na qual não consegue vencer as eleições e a um líder que não consegue subjugar. Trata-se de uma actualização do princípio «se não os podes vencer, junta-te a eles», num último postulado da teoria socratina do Estado: se não os consegues vencer, expulsa-os...
Esta preferência socialista pela independência da Madeira é incompreensível. A mesma atitude socialista existia relativamente aos Açores, no tempo em que o Governo Regional era chefiado pelo dr. Mota Amaral. Não foi o senhor Sócrates, a inaugurar esta conduta irresponsável, antes parece um património socialista, até bem antes daquele tempo guterrista, na Assembleia da República, em que o Dr. Jaime Gama chamava «Bokassa da Madeira» ao Dr. Alberto João Jardim, como se este fosse um canibal que comesse carne humana tenra.

Não há uma vontade independentista na Madeira. Mas o desprezo socialista por esta região, nomeadamente a desigualdade nas transferências e investimentos face aos Açores, pode provocá-la. O que uns temem, outros desejam. O totalitarismo partidário socialista prefere a alienação de uma parte da população nacional e de uma parcela do território pátrio ao consentimento de uma opção política diversa?... Alguém imagina o PSOE desejar a independência do País Basco e da Catalunha só porque votam no PNV ou na CiU e não se submetem à linha política de Zapatero?...

De que vale o discurso de invocação da Pátria, se é a Pátria, na configuração do seu povo inteiro e do seu território completo, que se despreza e cinde?!..."

Autor: António Balbino Caldeira - Portugal Profundo

Esta é a ideia dos socialistas da Madeira, basta lembrar um discurso do Jacinto Serrão para as eleições 6 de Maio: "A Lei das Finanças Regionais só muda se o PS-M ganhar as eleições..."

Por isso, basta retirar as suas conclusões...

3 comentários:

  1. Caro Baby Boy,

    Porque será que, desde que o assunto "meta" futebol, não há maneira de um só comentário ser aqui publicado?!
    Nestas coisas cada um tem o seu clube e não é por teres um "ódio de morte" ao meu que te respeitarei menos por isso!

    PS1: Este ano seremos campeões.

    PS2: Não sou daqueles que invento desculpas para as derrotas do meu clube até porque, regra geral, o melhor acaba sendo campeão. Considero portanto que o FC do Porto foi um justo campeão nos últimos anos (apesar dos cafés com leite)...

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  2. Eu considero que falar desse clube é um ataque a minha pessoa! eheh

    Abraço

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  3. Um erro no texto: O PSOE na Catalunha não existe, está representado num outro partido (com uma origem diferente) chamado PSC (oficialmente agora é PSC-PSOE)...
    Esse partido tem uma parte grande de nacionalismo, e nas diversas votações que têm existido em várias cidades para a realização de referendos à independencia da Catalunha tem votado sim ou tem-se abstido...

    Por isso, sim o PSC apoia a independencia da Catalunha, e não é por não ganhar eleições por lá, porque o actual governo até é liderado pelo PSC (curiosamente coligado com dois partidos independentistas!)

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