Em resposta ao Dário.
1. O Funchal já foi muito mais atrasado que Ponta Delgada, contudo a situação inverteu-se basta ver que o Funchal já foi a 3.ª cidade do país. Quanto a Angra do Heroísmo não pode haver alterações por ser património Mundial.
2. A freguesia de Câmara de Lobos tinha graves problemas e actualmente têm sido ultrapassados, quer com ajuda da Câmara Municipal, quer pelo Governo Regional. Rabo de Peixe tem havido melhoras?!
3. Referiu apenas duas ilhas – Terceira e São Miguel. E as outras?! Com o grave problema do combustível é natural que não possa haver voos para todas as ilhas directamente de Lisboa até porque algumas ilhas nem têm população para que haja voos diários do continente, além do mais os Açores tem a sua própria companhia aérea em que o Governo Regional dos Açores pode mandar para que haja linhas directas para todas as ilhas. Na Madeira tem sido feito algumas melhoras a nível disso, repare-se que A Bola é impressa na Madeira e tem secção da Madeira. Seria uma boa alternativa para que os jornais chegassem todos os dias, pois se fosse impresso em São Miguel era mais fácil a distribuição.
4. Não tenho comentário. Se houver ASAE, isso começa a ser proibido!
5. O Arquipélago da Madeira pode ter unicamente duas ilhas habitadas, contudo essas ilhas e freguesias que constituem são muito distintas, repare-se por exemplo o sotaque que se fala em Santana, pode verificar no blogue Berdades da Boca p’ra fora, com o compadre Jodé ou até no Estreito de Câmara de Lobos que tem um sotaque e costumes diferentes de Câmara de Lobos. É tudo muito distinto. Pode-se não ter 9 ilhas, mas temos uma divergência convergente, se é que possa usar esta expressão!
6. Confesso que pesquisei o Gini dos Açores, mas não encontrei em lado nenhum, contudo pelo que percebi nos Açores, essa distribuição é feita por baixo. É claro que na Madeira existe gente muita rica e existe gente muito pobre, tal como o país que nos encontramos. Contudo nos Açores essa diferença é menor por ser uma igualdade feita por baixo e não por cima, que é para onde se tenta caminhar na Madeira!
7. Não recebem praticamente o mesmo que a Madeira, receberam sempre MAIS QUE A MADEIRA! Cada concelho possuí um centro de saúde capaz de receber uma urgência, isso apesar da continuidade territorial que existe na ilha da Madeira é sempre ver que o tempo que se demora a percorrer para chegar a um hospital central, contudo o Governo Regional sempre procurou com que as distâncias fossem menos sentidas, por exemplo do Porto Santo existe um bom helicóptero para chegar à Madeira em caso de urgência. Nunca ninguém disse que os Açores não tem que fazer 9 infra-estruturas, contudo também é verdade que em algumas das ilhas existe 400 pessoas e só 3 é que ultrapassam as 10 mil pessoas, o que há certas coisas que tem que ser feitas à dimensão e o investimento de privados (que os açoreanos temiam em não querer) podia ajudar a construir portos/marinas e criar escolas, repare na escola que existe no Corvo para 5 ou 6 alunos!
8. Os Açores a nível de dívida não estão muito melhor, apesar do Governo transferir grande parte para a dívida. A diferença é que se fala da dívida da Madeira e não dos Açores, porque o Alberto João Jardim é um alvo a abater, por exemplo a dívida dos Açores na área da saúde é das piores para não dizer a pior do país. Há que verificar bem as dívidas, pagamentos, jogadas políticas e ataques ao Alberto João Jardim.
Sem dúvida que não se pode comparar a Madeira e os Açores, mas não sou eu que o faço. É uma oposição que tenta arranjar votos na Madeira, mas um facto é que a Madeira atrás dos Açores antes do 25 de Abril, em 30 anos ultrapassou e muito os Açores.
Ficarei à espera do tal post, para que possa fazer os meus comentários.
Não conheço a Madeira, mas sei que os Açores são o sítio mais bonito do mundo... e não preciso de conhecer o resto do mundo para o dizer. Comparar a Madeira com os Açores é impensável, pois as variantes são inúmeras, sendo que a variante mais importante é: as pessoas.
ResponderEliminarNão são os números de alunos numa escola, de uma ilha, de portos marítimos, de aeroportos, de voos que definem se este arquipélago é melhor que o outro.
A Bola pode ser impressa na Madeira, mas o número de grandes escritores açoreanos é infindável... Também sei que os açoreanos não trabalham para ser ricos, mas sim para terem qualidade de vida e assim usufruirem da terra onde vivem. A Madeira pode oferecer muita resposta turística, mas o Peter Café continua entre os 10 cafés mais conhecidos do mundo... a genuinidade e integridade de um povo não se mede por PIB's mas sim pela forma que uma cultura nos conquista e apaixona.
Mas, isto é só a minha opinião...
Ora boas!
ResponderEliminarPrimeiro tenho de rectificar uma coisa: o post que pretendo lançar, Açores vs Madeira, da maneira que eu referi, por culpa própria poderá dar azo a mal-entendidos, poderá ter interpretações belicistas, por isso quero esclarecer que o "vs" não significa "contra", no sentido de briga ou batalha e em que um sai vencedor...
Trata-se apenas de um comparativo e análise às realidades açoriana e madeirense, e que da minha parte vai contar com argumentos que pretendem desmistificar o pseudo atraso dos Açores em relação à Madeira (não é que ele não exista, mas é falaciosa e descontextualizada a utilização deste facto por parte dos madeirenses e em lutas nas quais não nos metemos...) e sobretudo evidenciar tratarem-se de duas realidades distintas (apesar de ambas partilharem o factor insularidade) e com bases e necessidades estruturais também elas distintas, e por consequência tendo os Açores necessidades de financiamento bem maiores que a Madeira e com resultados bem menores... Necessidade essa que não tem sido tida em conta pelo governo central, pois atribui praticamente as mesmas verbas a Açores e Madeira. E isto sem sequer contar com as necessidades conjunturais como a actividade sísmica frequente a que somos sujeitos...Lembremo-nos que, por exemplo, em 1980, na ilha mais afectada (que até foi a minha), grande parte das edificações foram totalmente arrasadas; em 1998 Pico e Faial também sofreram pesadamente tal infortúnio, se bem que com dimensão ligeiramente mais pequena...
Mas com este esclarecimento também quero deixar claro que considero que madeirenses e açorianos "combaterem" entre si não leva a lado nenhum e ninguém ganha com isso, além de conduzir para uma situação de ataques e contra-ataques motivados meramente por orgulhos regionais feridos...E não me descarto de também já ter caído nessa armadilha, confesso...
Segundo, também quero esclarecer que o meu comentário ao teu post não o foi na realidade. Quero com isto dizer que foi em resposta ao comentário de Renato Azevedo e não ao post em si, que aliás não tinha nada que me fizesse reagir com carácter reprovador.
Adiante...
1. Não consigo encontrar diferenças significativas entre Ponta Delgada e Funchal durante o séc. XIX, antes da constituição das regiões autónomas. Não te esqueças que não era só a Madeira que era ignorada pela metrópole no tempo de Salazar...Não ignoro o facto de Salazar ter tido uma inimizade particular devido à revolta, mas a verdade é que ambos os arquipélagos estavam abandonados à mercê da sua própria sorte. Quanto muito os Açores beneficiaram de aspectos conjunturais relacionados com a sua localização geográfica e NÃO DEPENDENTES DE INVESTIMENTOS GOVERNAMENTAIS, como foi o caso das escalas dos vôos transatlânticos de hidroaviões e as bases militares francesas e inglesas (posteriormente substituídos pelos americanos), fontes de postos de trabalho. Só antes de séc. XIX/XVIII é que poderei encontrar uma cidade açoriana, Angra do Heroísmo, bem à frente do Funchal, que depois desse tempo até perdeu terreno mesmo internamente para Ponta Delgada (em termos de peso económico e população).
Mas de qualquer maneira isso não contradiz nenhum de nós...Nem eu, nem ninguém com olhos na cara poderá constestar que Funchal é de longe "muito mais cidade" do que qualquer uma dos Açores. Mas a questão é: sendo a cidade portuguesa COM MAIS INVESTIMENTO PÚBLICO PER CAPITA, em que é que isso é um grande feito? Acho que seria uma inevitabilidade, não?? Se o fizessem com menores ou iguais recursos públicos do que todas as outras cidades portuguesas aí sim é que teria sido um grande feito! Surpreendido? Talvez estejas a pensar numa Lisboa ou Porto? Não esqueçamos que é um indicador per capita, ou seja, total de investimentos (públicos neste caso) a dividir pela população. Por outras palavras, cada funchalense "recebeu" mais investimento público do que qualquer outro cidadão português...
2- Acho que não, não tem havido grandes melhoras em Rabo de Peixe. Mas mais uma vez, caro baby_boy, tem que se contextualizar... Não esquecer a enorme vaga de repatriados provenientes dos EUA que muitos problemas tem causado à população "indígena". É que aquela malta não foi repatriada própriamente por terem tido comportamentos exemplares no seio da sociedade americana... É que é um ciclo de onde é difícil de sair, pois ao chegarem, além de muitos nem falarem português têm o óbvio handicap do registo criminal (é que basta o rótulo "repatriado") e assim não arranjando emprego e perpetuando o ciclo vicioso...
Já lhe responderei aos restantes itens, tenho forçosamente de interromper por agora por ter afazeres e além de que o pc está a precisar de um reboot (diria mesmo uma formatação) pois já perdi por duas vezes o que estava a escrever... %$&!&#$% dasse...
Bem, ironia das ironias, pelos vistos o pc sofre de RAM instável... CENSURA é o que é! Não lhe agrada o que escrevo por isso censura o que não lhe convém que seja dito... lol
ResponderEliminarDICA DO DIA: É impressionante os milagres que se conseguem quando estabilizamos a RAM à porrada...
Bem, continuemos...
3. Haver voos directos de/para Lisboa em todas as ilhas seria de uma irracionalidade absurda, para não dizer completa estupidez, com ou sem companhia aérea regional. Por isso temos que nos render ao que nos é possível...mesmo que isso implique que em algumas ilhas os jornais só lá cheguem à noite...
Imprimir jornais nacionais na própria região ou não é uma decisão que compete exclusivamente às respectivas empresas, e como é bem mais barato fazê-lo de uma forma centralizada não estou a ver tal solução ser implementada. Até porque quem paga o transporte é na prática o consumidor açoriano (não esquecer que já não temos jornais/revistas ao mesmo preço do continente) e por isso ainda menos incentivos têm essas empresas para o fazer. É que é a tal coisa, que vocês relevam ou menosprezam tanto...Temos um mercado de consumo disperso! Na Madeira é fácil, imprime-se num qualquer lugar e depois é só distribuir pela ilha, tendo apenas o Porto Santo com que se preocupar. Nos Açores não, imprimindo numa ainda teria que se redistribuir pelas outras ilhas e com custo de transporte bem maior do que se fosse por terra. Ora, isso fica praticamente ao mesmo preço do que enviar directamente para os 3 pontos de acesso directo (S.Miguel, Terceira e Faial) e posterior redistribuição pelas restantes, dada a sua menor população e portanto menor volume de distribuição
4. Ahhh a famosa e tão acarinhada ASAE! lol. Não tenho a certeza mas acho que as regiões autónomas até nem contam com a presença permanente da ASAE...Acho que essas funções são englobadas por outras entidades, se não estou em erro.
Mas em todo o caso a verdade é que já tive a oportunidade de beber leite fresquinho e digo-te que é óptimo! O leite não homogeneizado e não pasteurizado só desenvolve bactérias nocivas após sensivelmente um ou dois dias se não estiver exposto ao meio ambiente, pelo que a garrafa de vidro serve perfeitamente para o caso. De qualquer forma os consumidores estão perfeitamente cientes do produto que estão a adquirir e muitas vezes até provêm de explorações agrícolas de vizinhos (não esquecer que só se vendem em mercearias locais).
5. lol Não me refiro a sotaques ou isso tipo de coisas, embora também se aplique. Refiro-me à heterogeneidade de acessibilidades, transportes, volume e diversidade de produtos no mercado, manifestações culturais, etc. E até a própria beleza natural que é diversa de ilha para ilha, partilhando apenas os tons verdejantes em todo o ano (inclusive no verão) das paisagens e a sua origem vulcânica. Portanto quem visita uma ou duas ilhas não pode dizer que conhece os Açores apenas por essa "amostra"
6. Depende do teu conceito de nivelamento por baixo...É que não é nivelamento ao nível da pobreza...é ao nível da classe média baixa. Uma família típica açoriana, desde que não cometa excessos constantes, consegue viver com todos os confortos normais da actualidade, ter comida na mesa, casa e carro, enviar os filhos para estudar no continente (pois...temos o mesmo problema que vocês...má universidade) e ainda dar-se a alguns pequenos luxos. Em suma, qualidade de vida!! Embora que sem realezas...
Bem, tenho mesmo que sair, depois continuarei o comentário...
Que eu saiba, nos Açores, não foi preciso cortar a rocha crua para construir os "poios" e as levadas para que se pudesse ter sustento e não morrer de fome. Com dias infernais de trabalho os madeirenses deixaram escrito nas rochas todos os poemas e prosas que nem todos valorizam e entendem.
ResponderEliminarO povo que fez a Madeira não teve a sorte de apenas deitar a semente à terra e vê-la crescer.
Não estou a desvalorizar o carácter nem as qualidades dos Acoreanos que tanto prezo; apenas me incomodam comentários como um que li acima
Bom, continuando...
ResponderEliminar7. Não disse que recebíamos o mesmo...disse que recebíamos PRATICAMENTE o mesmo. Convenhamos, com diferenças a oscilar entre 500mil e 5M, é ridículo vocês adoptarem uma postura de ultraje perante tal facto... São quantias irrisórias se as colocarmos em termos percentuais. Com montantes acrescidos deste nível qual é a vantagem que poderemos ter?? Só para dar um exemplo, os gastos com a reconstrução do porto da Praia da Vitória, cujas protecções (tetrápodes e afins) e parte do cais foram destruídos numa tempestade há poucos anos atrás, esgota anualmente por completo esses valores a mais que recebemos... E isto não tendo que suportar a parte esquerda, que é da responsabilidade dos americanos, onde estes também já enterraram uns bons milhões...Se há coisa que não nos podem acusar é de sermos despesistas, enquanto que João Jardim...enfim...5M não é o que ele gasta com o financiamento de um jornal "privativo do regime", no qual ele tem uma participação activa?? E quanto aos custos com os aparelhos legislativos e afins? És capaz de me explicar como é que os Açores, tendo a assembleia regional, o governo regional, o ministro da república e as secretarias regionais, instalados em 3 ilhas diferentes, com todas as depesas acrescidas por esse facto, nomeadamente viagens inter-ilhas, conseguem mesmo assim gastar bem menos do que o aparelho regional madeirense?? E isto para nem falar do financiamento dos partidos!! É que os Açores NÃO SE PODEM DAR AO LUXO de serem despesistas!
Quanto aos hospitais, sinergias, caro baby_boy, sinergias! Com um único hospital e uma rede de centros de saúde vocês conseguem ter um bom sistema. Nós com 3hospitais e também uma rede de centros de saúde funcionais gastamos sempre mais e com a agravante da demora aquando da necessidade de transporte de um doente de outra ilha para um desses 3 hospitais.
Quanto ao helicóptero, espero que não te estejas a referir ao EH-101?! É que se for o caso é um mau exemplo...É que esse heli é da força aérea e não faz parte de uma visão estratégica pessoal de AJJ... Aliás, isso constitui uma benesse do governo central...É que o que a região paga à força aérea por cada operação de transporte de doentes, não chega nem perto do real custo operacional! Nos Açores há 3 desses EH-101 (que são os sucessores dos puma) e que também são requisitados pela protecção civil e para transporte de doentes, sendo aliás parte fundamental. Lá pelos Açores há um grande sentimento de reconhecimento e agradecimento pelo extraordinário trabalho desses pilotos e tripulação...são muito acarinhados. Por exemplo já muita gente nasceu a bordo desses helis, o que não constitui problema porque até estão devidamente equipados.
«...o que há certas coisas que tem que ser feitas à dimensão...»
Só me estás a dar razão...Temos de construir pequenas estruturas para aquelas ilhas com pouca população, o que não nos permite aproveitar as sinergias criadas se fosse apenas uma grande estrutura abrangente, facto que nos faz suportar custos mais altos no seu total. Ou é assim ou então migra-se essas populações para as outras ilhas, para ser mais barato...Pela mesma lógica, então que todos os açorianos e madeirenses vão para o continente porque assim sai mais barato na globalidade... Percebes, há coisas que não dá para dar a volta, com o risco de se entrar neste tipo de lógica estúpida...
Quanto ao investimento de privados, parece que não leste nada do que escrevi... Embora tenhamos um nivelamento aceitável e mínimamente confortável (é por isso que Manuel Alegre diz que os Açores são a parte do país mais perto do verdadeiro espírito socialista) isso também tem o efeito negativo de não haver empresários com dimensão suficiente para realizar determinados investimentos. E não esquecer o factor de risco empresarial mais elevado e com proveitos mais pequenos, o que não constitui propriamente um grande incentivo...
NOTA: não cair na anedota de que se vai de uma ilha para a outra a pé se estiver maré baixa...lol...é que da minha ilha, a mais central, são +/-40m de avião para chegar a S.Miguel e o mesmo se passa para chegar às Flores, que é no extremo oposto. Por isso quando digo que temos diversos handicaps devido à simples dispersão territorial não estou a exagerar! Aliás, é só perceber um pouco de economia para perceber as implicações menos óbvias deste factor.
8. Ó meu amigo já há muitos anos que os Açores adoptaram a política de endividamento estrutural zero! O caso açoriano não é sequer comparável nos mesmos termos em relação aos montantes nem à estrutura/composição! Já há muito tempo que seguimos uma lógica de crescimento sustentável, ao contrário do que se passa na Madeira... Eu, por gostar da Madeira e dos madeirenses, sinceramente fico muito preocupado quando olho para os números madeirenses... Quero ver como se vão desenrascar a partir de 2011/12... Só em serviço de dívida, ou seja, em juros e acréscimos, sem contar com as próprias amortizações da dívida, os montantes são alarmantes! E se pegarmos no rácio montantes/capacidade de gerar riqueza, aparece um quadro deveras negro! O que transparece de tudo isto é que o governo regional não só não se preocupou em diminuir o despesismo, como ainda o aumentou e e usando como fórmula mágica de sustentação momentânea o adiar do pagamento da dívida sistemáticamente. Ora, se é um facto que o não fazer repercutir o peso da dívida na economia regional tem beneficiado a região, tal facto é meramente artificial, pois não só não se adequa à realidade como provoca um verdadeiro efeito bola de neve para o futuro (não muito longe). Portanto a Madeira tem forçosamente de passar um longo período de crise económica e controlo das contas públicas. Pode-se ver uma analogia com o que se tem passado no governo central desde que Portugal foi obrigado pela UE a controlar o deficit orçamental...
Curiosamente, como já
referi, AJJ foi adiando esta bola de neve, para rebentar...quando ele já lá não esteja...
VEGGY:
ResponderEliminarNem tinha reparado...lá vem outra vez o argumento da beleza das ilhas... Pá, a sério que fico fulo quando um conterrâneo meu utiliza tal coisa para argumentar assuntos que nada têm a ver com isso... Isso é de quem não tem mais nada onde se agarrar, por amor de deus! E vai mais longe, é o lugar mais bonito do mundo! E repare-se, não é "um dos" lugares mais bonitos, mas sim "O"... Mesmo sem ter bases para comparar... lol
EU:
Tens veia criativa literária sim senhor...Muito bem...
Mas para te refutar lembro-te que a maior parte dos poios e levadas, segundo informações prestadas por amigos madeirenses, foram construídas antes da formação administrativa das regiões autónomas...Ora, o que estamos a debater é após a formação das regiões, logo isso não vem ao caso. E a mim não me precisam dar mostras do carácter e valor dos madeirenses pois desde miúdo que o sei... A minha vizinha do lado e avó de um grande amigo de infância era madeirense... Grande mulher...
BABY_BOY:
Esqueci-me de falar sobre as contas do sistema de saúde açoriano.
«..a dívida dos Açores na área da saúde é das piores para não dizer a pior do país.»
Podes explicar-me como comparas tal coisa com todas as diferentes regiões do continente? É que só existem 3 regiões de saúde em TERMOS DE FINANCIAMENTO (e portanto de apuramento da dívida): Açores, Madeira e continente no seu global.
E referes-te à dívida na saúde como se os gastos nesta àrea fossem algo que se poderia evitar...ou que fosse uma área onde se poderiam encurtar verbas...
Mas quanto a isto encontrei algo que ajuda a explicar:
Nº de internamentos (por cada mil habitantes)
Açores- 122,9
Continente- 115,2
Madeira- 107,7
Ou seja, temos +/-4 mil internamentos por ano a mais do que a Madeira... Sabe-se que cada internamento custa muito caro ao sistema, ora então façam as contas... Ah pois...
Estava a tentar encontrar valores para o tempo médio de internamento mas não consigo encontrar... É que era importante para corroborar ou negar a teoria... É que se o tempo médio for maior na Madeira, dependendo desse valor poderá compensar o efeito do nº de internamentos... Bom, mas deixemo-nos de matematiquices...
Baby_boy por acaso não conheces nenhuma fonte na net onde estejam aglomeradas todas as transferências orçamentais para as regiões? Agradecia...É que eu não encontro e queria isso para fazer o tal post... Apenas tenho os valores de 2anos num exercício que fiz há uns anos na faculdade :( É que não tenho pachorra nenhuma de procurar no diário da república...
quem escreve post destes das duas uma, ou tem tacho ou quer mamar...
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