Leitor devidamente identificado"Peço Justiça
Data: 13-10-2007
No decorrer da minha vida, apesar de ser uma simples agricultora e não ter estudos, casei, tive uma filha, digamos que era uma vida normal. Como não tinha possibilidades de adquirir um terreno, a minha mãe deu-me um pedaço de terra no Sítio da Fonte dos Almocreves, que é a minha área de residência. Aí construí a minha casa juntamente com o meu marido. Passados 19 anos aproximadamente minha irmã, Laura da Mata, quis me retirar esse terreno. Para tal foi para Câmara de Lobos com testemunhas para registar a terra e fazer como se diz "uso e campeão".
Contudo, quando registamos um terreno esse tem de sair no Jornal, ou seja vem a conhecimento público.
Assim, tive conhecimento deste triste acontecimento através do Jornal. Sabendo e tendo provas que tudo era mentira o meu marido agiu por mim, tendo em conta que por motivos de força maior não podia agir. Custa-me ver membros da minha família, vizinhos e pessoas ligadas à Igreja irem prestar falsas declarações querendo tirar tudo o que me levou anos a construir, querendo tirar da minha filha que ainda era menor a sua futura herança.
Apesar de tudo o que sentia em mim, foi provado no Tribunal esta mentira mas estes foram absolvidos. Sinto dor e tristeza de ver as Testemunhas da Escritura, a minha irmã e o esposo passarem a Réus mas enfim não foi feita a devida JUSTIÇA. Lembro a todos que não devemos querer para os outros o que não queremos para nós."
Quando se fala das expropriações do Governo, as pessoas esquecem que a maioria das "brigas" que existem na Madeira, são quando se fala de heranças... Aqui está uma triste situação...
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