domingo, 15 de dezembro de 2013

Calado vê “incapacidade” de Cafôfo para governar

«“Nunca, nas vereações anteriores, foram levantadas questões referentes à gestão de antigas equipas, para justificar a incapacidade governativa de futuro, o que parece estar a acontecer. Ainda não vi medidas concretas de governabilidade, apenas o assumir de que é difícil cortar mais nas despesas correntes da CMF, pois esse trabalho já foi feito anteriormente e, ultimamente, a explicação da dificuldade de gestão actual autárquica, com processos do passado.” Esta é a reacção de Pedro Calado às notícias de que o executivo de Paulo Cafôfo decidiu pedir uma auditoria a algumas áreas da governação autárquica, em nome transparência. O ex-vereador da equipa de Miguel Albuquerque estranha a passagem “a pente fino” com uma auditoria de seis mil euros. Essa opção, afirma Pedro Calado, “só pode ser entendida como manifesto desconhecimento do que é gestão pública ou de como funcionam as instituições públicas de natureza local”.
O ex-responsável pelas finanças do Funchal garante que um dos princípios, “que sempre nortearam a vereação anterior, de 2005 a 2013, foi precisamente ter as suas contas sempre auditadas, por empresa internacional com experiência e conhecimentos dados a nível internacional, com um trabalho sério e exemplar.”
Pedro Calado garante que foi assim, nos últimos oito anos, “com os resultados a serem sempre conhecidos e votados, quer em reuniões de Câmara, quer em Assembleia Municipal. Todos os anos foram auditados e verificados pelo Tribunal de Contas e por empresa internacional e independente”.
Sobre o Tribunal de Contas, o ex-vereador acrescenta que era intensa a fiscalização feita. “Com grande periodicidade, fazia as suas verificações e amostragens, quer das contas da autarquia, quer dos contratos celebrados.”
Calado diz que, em qualquer organização e, naturalmente, nas câmaras Municipais, existem constantes problemas a resolver, o que faz parte da dinâmica própria da gestão. Mas, contrapõem o ex-vereador, “algumas situações levantadas, prendem-se com a dificuldade, que todas as autarquias têm face à actual lei dos compromissos, e que nada têm a ver com transparência ou falta de método, apenas com a grande dificuldade que todos os municípios têm em lidar com a actual legislação autárquica”.
Por todas estas razões, o ex-governante municipal diz identificar, “nestas últimas notícias”, sobre a actual governação municipal do Funchal, “um certo desconforto em encarar as actuais dificuldades de gestão autárquica, sobretudo nesta fase de conjuntura difícil, mas que não é pior das dificuldades encontradas em anos anteriores”.
Seguro que está da correcção da Governação municipal, que integrou, Pedro Calado deixa um desejo: “Faço votos, que no futuro, continuem a pautar a actual gestão pelos mesmos princípios das anteriores vereações: defesa dos interesses dos munícipes, empresas e empresários locais, sem nunca por em causa os bons resultados económico e financeiros da vereação e o equilíbrio da sua tesouraria.”»

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